Açude Boqueirão está com 7,4% da capacidade e acumula apenas 30,8 milhões de metros cúbicos de água
A Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) realiza o cadastro de agricultores familiares que serão beneficiados com o uso das águas da transposição e do açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) na prática de irrigação. Segundo o presidente da Aesa, João Fernandes, cada família de agricultores vai poder plantar e irrigar até meio hectare. O modelo de irrigação liberado vai ser limitado às técnicas de gotejamento e microaspersão.
O uso das águas do Boqueirão foi disciplinado por resolução da Agência Nacional das Águas (ANA) assinado pela Aesa e Companhia de Águas e Esgostos da Paraíba (Cagepa) e que foi publicada no Diário Oficial da União do último dia 18.
Atualmente, dados da Aesa mostram que o açude Boqueirão está com 7,4% da capacidade e acumula 30,45 milhões de metros cúbicos de água. Para sair do volume morto é preciso atingir a capacidade de 8,2% o que corresponde a 33,8 milhões de metros cúbicos de água.
A resolução da Agencia Nacional permite somente agricultura agroecológica de base familiar e que utilize sistemas de irrigação localizada, como as técnicas de microaspersão e gotejamento. Para cultivo de pastagens apenas é permitido o uso de miniaspersores ou sistemas de irrigação ainda mais eficientes.
Outra regra, define que as captações poderão operar até 8,5 horas por dia, de preferência no horário de tarifa verde de energia elétrica (diariamente das 21h30 às 6h ou das 2h30 às 11h).
O cadastro dos agricultores familiares deve ser realizado até a próxima semana, segundo informações do presidente da Aesa.