Juliana Xukuru

Artista indígena contemporânea da Paraíba concorre ao Prêmio Pipa Online 2025

A artista indígena contemporânea Juliana Xukuru, que atua entre os estados de Pernambuco e da Paraíba, representada pela Galeria Gamela (@galeriagamela), é uma das concorrentes ao Prêmio Pipa Online 2025, um dos maiores do Brasil.

Artista indígena contemporânea da Paraíba concorre ao Prêmio Pipa Online 2025

Artista indígena contemporânea da Paraíba concorre ao Prêmio Pipa Online 2025 - Foto: Divulgação/Assessoria

Em meio a pautas de reexistências no Brasil e no mundo, a exemplo da preservação do meio ambiente e do clima, a participação de artistas indígenas tem se tornado cada vez mais marcante. No Nordeste, a artista indígena contemporânea Juliana Xukuru, que atua entre os estados de Pernambuco e da Paraíba, representada pela Galeria Gamela (@galeriagamela), é uma das concorrentes ao Prêmio Pipa Online 2025, um dos maiores do Brasil.

No campo da arte contemporânea, a indicação da artista marca a presença dos povos indígenas em lugares antes pouco ocupados e que têm se tornado também mecanismos de visibilidade para as lutas dos povos originários do Brasil.

“Para nós, artistas indígenas, sobretudo, mulheres, participar desse prêmio é muito importante porque dá visibilidade aos nossos povos indígenas da região Nordeste que, por muito tempo, foram invisibilizados, inclusive pelos próprios livros de História”, comenta a artista.

Para ela, esse prêmio é uma vitrine para que os povos indígenas possam transparecer seus corpos enquanto protagonistas das diferentes lutas, pela natureza, pelo bem viver, pelo clima, pelo bem-estar das mulheres e das mulheres indígenas.

“São elas, desde as nossas matriarcas, que sustentaram a natureza das diversas formas de práticas de trabalho, de cuidados, desde fornecer os alimentos até a preservação das plantas, dos medicamentos. O Prêmio Pipa é muito importante para a gente, na medida em que nos colocamos como protagonistas de um lugar que também é nosso”, pontua Juliana Xukuru.

O valor do prêmio, caso seja contemplada, tem vários sentidos para a artista, além da questão monetária. “Ele vai todo para as mulheres indígenas no meu território para a gente trabalhar projetos culturais. Mais um motivo para que as pessoas possam votar na Juliana Xukuru e também nos povos indígenas da Paraíba que eu também represento”, acrescenta.

Live

Na próxima segunda-feira (18), a artista Juliana Xukuru participa de uma live junto com as Moaras, um coletivo de mulheres indígenas da Paraíba, da aldeia de Gramame. Elas vão conversar sobre pautas culturais, artísticas e sociais. “Também vamos pedir votos para que eu possa estar à frente dessa luta, transparecendo os povos aqui da Paraíba”, ressalta.

Com uma atuação que transita entre a aldeia e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Juliana Xukuru demarca o espaço da arte contemporânea no Brasil e no exterior, evidenciando não apenas a presença de seu povo Xukuru, de Pernambuco e o estado da Paraíba, mas, sobretudo, a importância da natureza e das mulheres indígenas enquanto protagonistas de lutas por um bem viver para toda a mãe terra e a sociedade.

É neste sentido que a artista faz do seu trabalho poético um espaço de mediação a partir do qual realiza também um chamado para outros indígenas e não indígenas em prol de diferentes pautas sociais.

Votação

A votação do segundo turno do Prêmio Pipa online começa na próxima segunda-feira (18) e segue até o domingo (24), à meia-noite. Para votar na artista, basta acessar o site do Prêmio Pipa.

Juliana Xukuru

Artista indígena contemporânea da Paraíba concorre ao Prêmio Pipa Online 2025
Artista indígena contemporânea da Paraíba concorre ao Prêmio Pipa Online 2025 – Foto: Divulgação/Assessoria

Juliana Xukuru é Representante dos Povos Indígenas na Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, vinculada ao Ministério da Cultura (2013 – 2025). Ela tem Mestrado em Artes Visuais pela Universidade Federal da Paraíba (2019); é ganhadora da Bolsa de Residência Artística França – Brasil, Museu Oficina Brennand, Embaixada da França no Brasil, Usina de Arte e Galeria Paradise – Nantes (FR-2024).

 

 

 

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