Paraíba

Autor de Saga da Amazônia, e militante petista por mais de duas década

Vital é um daqueles artistas que conseguem militar e atuar no cenário político mantendo intacta a integridade de suas idéias

Bairro do Róger em João Pessoa, um dos três endereços do polivalente Vital Farias. O alto do portão de madeira sustenta o par de sinos amarrados em corrente grossa que serve de campanhia: “Se faltar energia elétrica eu ouço quem chega”. Dez minutos de espera e aparece Vital acenando da janela do sobrado construído por ele.

A porta principal traz um adesivo com os dizeres em preto e branco: “Partido Traidor”. No primeiro andar da varanda improvisada com vistas ao Parque Zoobotânico Arruda Câmara (BICA), um inquieto Vital Farias detalhou sua revolta com o partido que integrou por 25 anos e do desafio de disputar o Senado Federal pelo Partido Socialismo e Liberdade (P-Sol).

No térreo do estúdio de gravação também arquitetado por ele, a severidade dá espaço a um Vital melancólico que abriu o coração, destilou sonhos-mil e comentou de seu prazer e labuta maior – a música.

Vital é um daqueles artistas que conseguem militar e atuar no cenário político mantendo intacta a integridade de suas idéias mesmo que, de vez enquanto, perceba tardiamente que emprestou seu largo talento à pseudoideologias, comuns nesse cenário fugaz. “O que me resta é pedir desculpas ao povo”.

ClickPB – Posso te chamar de Vital?
VF – Do jeito que você me chamar, Manuel, Sebastião, Joaquim, Professor, Seu Vital, General, pra mim é tudo a mesma coisa.

ClickPB – Vamos recapitular as várias atividades em que você se envolveu até hoje? O lado cantor e compositor já são bem conhecidos, o que mais? Ator, escritor, arquiteto, diretor musical (Vital é responsável pela direção musical do premiadíssimo filme “O Homem que virou suco”)?
VF – Na verdade, eu não sou arquiteto de faculdade, nem engenheiro de faculdade. Eu sou um construtor autodidata. Minha formação é musical. Eu me formei em Música no Rio de Janeiro em 81, pela CESGRANRIO. O Rio foi quem me deu a configuração do que eu sou hoje. Se eu tivesse ficado aqui eu seria mais um fracassado. Não como pessoa, mas em relação ao meu projeto de vida, à divulgação do meu trabalho, que é a minha vida.

ClickPB – Você a exemplo de outros artistas paraibanos, foi em busca das oportunidades do “Sul Maravilha”. Ainda há essa necessidade?
VF – Isso. Aqui, a gente vê que ainda não há condições das pessoas se projetarem profissionalmente. Isso está mudando aos poucos… Mas muito lentamente. O que deve ser mudado aqui é a mentalidade, a maneira de pensar arte ainda é muito acanhada.

ClickPB – E a militância política integrada ao Partido dos Trabalhadores, como começou?
VF – Mesmo antes do PT sempre fui um militante. Eu participei de todo o processo militar, da ditadura ainda como estudante. O PT veio oficializar essa militância. Me filiei ao Partido em 92, mas antes da filiação, contribuí muito para sua fundação e divulgação. Eu talvez seja um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores que mais colaborou na parte poético-musical. Fazendo comícios com Lula, fazer propaganda de pessoas do PT que até hoje não conheço, porque naquele tempo a gente podia “apalavrar”. Na primeira década do Partido dos Trabalhadores de 80 a 90, a gente podia assinar em baixo no discurso de que o partido estava no caminho certo, da ética e da decência. Embora a cúpula já era apodrecida e nós não sabíamos.

ClickPB – A impressão que se tem é que você se sente intimamente traído?
VF – Não é para menos. Investi muito de mim em tudo isso. Gente muito mais importante que eu, como o jurista Plínio de Arruda Sampaio que foi uma dos pilares de sustentação mais importantes do PT, também foi pego de surpresa. Porque esse grupo de farsantes do comando nacional, de São Paulo se revelou com um mau-caratismo muito grande. Uma grandeza ao contrário.

ClickPB – Uma das motivações da sua nova turnê é um pedido de desculpas à população pelo apoio ao PT durante mais de duas décadas?
VF – Turnê não, quem faz turnê é cantor e eu sou cantador. (risos) Eu vou começar uma série de cantorias pelo Brasil em breve, para pedir desculpas às pessoas sim. Eu sou uma pessoa que tenho uma maneira muito acertada de me comportar em relação à minha ética, e essa foi a forma que encontrei de me redimir com essas pessoas, que com a minha ajuda, votaram e acreditaram nessa gente que não merecia.

ClickPB – Você se referiu a uma cúpula apodrecida. E Lula, você também acredita que não sabia de nada?
VF – Ele é o nº 1 de toda essa cretinice. Temos que nos ver livre de Lula o mais rápido possível, porque ele é uma pessoa profundamente perigosa. E sempre foi deste jeito, a gente é que não conhecia. Ele sempre se submeteu à cúpula paulista, composta por Genuíno, Palocci e Dirceu. Eles nunca quiseram ouvir o Eduardo Suplicy que é um homem íntegro, porque ia contra as suas grandes ambições.

ClickPB – Você acha que ele não modificou? Sempre foi assim?
VF – Ele aproveitou para se revelar. Nós enxergamos um Lula que nunca existiu. Ele se aproveitou desta crença para se dar bem. Ele enganou a todos e muito bem, sempre foi muito inteligente. É tanto que hoje ele é cara-de-pau. Cadê aquela emoção com que ele defendia os direitos do povo. Vemos um Lula frio, tentando salvar sua própria pele. De nada adiantou esse mensalão, porque não tem emenda no Congresso que emende esse Governo.

ClickPB – Sua afiliação ao Partido Socialismo e Liberdade foi motivada pela decepção com o PT?
VF – Ou você está contra ou a favor do rei. Sempre me orientei por Lula, acreditando em tudo que pregava, mas quando me dei conta da verdade, reencontrei antigos companheiros que igual a mim, foram traídos. Optamos então por formar esse partido grandioso com a proposta primeira de mudar esse quadro. E apostamos em Heloísa Helena. Nada impede que ela ganhe essa parada agora, eu acho muito difícil Heloísa não reverter isso. Porque o povo brasileiro está muito indignado e vai demonstrar isso através do único instrumento que possui – o voto.

ClickPB – Diante da vantagem sustentada por Lula até agora, fora Alckmin e o PMDB no calço, esse discurso não é muito otimista?
VF – Heloísa é um fenômeno, não tem homem nenhum no mundo capaz de segurar aquela mulher, e o mais importante: é honesta! Eu a considero uma tsunami. Tudo é possível quando ela decide entrar numa disputa. Isso se essa eleição não for anulada pelo percentual de votos brancos ou nulos, já que ironicamente vivemos numa democracia que obriga o cidadão a votar.

ClickPB – E sua candidatura a Senador pelo P-Sol, de quem partiu a idéia?
VF – Eu sou o pré-candidato. Inclusive nem sabia disso, foi a aclamação de todas as pessoas da Paraíba que fazem parte do P-Sol, inclusive com o aprovo da Heloísa, nossa senadora. Ela veio a João Pessoa e disse que eu não poderia de tomar essa atitude de engrandecimento do partido. Ela sabe da minha trajetória, nós somos amigos desde o Partido dos Trabalhadores.

ClickPB – Isso aconteceu no último dia 25 de março, durante a visita da Senadora a João Pessoa?
VF – Exatamente neste dia. Reunimos mais de 500 pessoas no Sindicato dos Correios na Rua Duque de Caxias. Foi tudo muito bonito. O que mais me alegra é que o apelo para que eu me candidatasse veio das camadas mais singelas do partido.

ClickPB – E como você reagiu a este apelo? Não se sentiu incumbido de uma responsabilidade extra?
VF – Inicialmente estranhei essa idéia. Porque o conceito que eu tinha de senador era aquela figura no fim da linha, com quase 90 anos, puxando uma bengala. É claro que já existe uma senadora como Heloísa, que é um ótimo exemplo para todos nós. Uma mulher profundamente profunda, que me permita a redundância. E eu pretendo, caso seja eleito, ser igual ou pior que ela, pra passar o dedo na cara de gente desonesta. Até porque sou mais velho que ela e tenho mais raiva de tudo isso que ta aí.

ClickPB – Mas não esmiuçamos o seu motivo para reversão de Heloísa Helena. As pesquisas ainda não a consideram.
VF – Eu acredito que ela vá virar, primeiro porque quando o mundo quer, não adianta botar lei. Ela vai rasgar as expectativas. Ela pressente intuitivamente as necessidades do povo, das classes mais simples, porque ela veio de lá. Outra, a mulher no Brasil vem evoluindo e sofrendo muito. Todo dia morre três a quatro mulheres na Paraíba. Se a mulher perceber que tem uma representatividade, Heloísa está eleita, porque elas são maioria. A mulher é o pivô central da vida e está acordando para isso.

ClickPB – Já era hora né?
VF – Pois é, já pensou se nós passássemos a vida inteira, pensando que o homem é a parte mais importante do mundo? A sociedade machista está caindo em parafuso há muito tempo.

ClickPB – Em queda livre…
VF – Eu acho que nem a queda é livre do homem, o homem está meio atrapalhado (risos). O homem tem ficado encurralado e tem melhorado porque é o jeito. Mas ainda é meio roceiro.

ClickPB – O P-Sol atende aos anseios do artista Vital Farias?
VF – No dia em que não atender, eu saio. Saio e digo o porquê da minha saída. Como fiz quando saí do PT há seis anos. Eu só me desfiliei oficialmente em 2004, mas desde 94 eu já estava me decepcionando. E tem muita gente lá que sabe do que acontece de errado e se faz de morto. Acho que esse pessoal tem um compromisso muito grande com a falta de ética.

ClickPB – Não há receio de se decepcionar? Você também era um apaixonado pelo PT, não tem medo de repetir a dose?
VF – Depois que eu si do PT, eu tive certeza absoluta de que eu nunca mais entraria em nenhum partido e que iria lutar sozinho. O tempo foi passando e fui notando que um partido, de qualquer forma, é uma ferramenta de trabalho. Então quando o P-Sol surgiu, com a expulsão de Heloísa, Babá, João Fontes e outros, eu fui abrindo o coração pra necessidade de integrar tudo isso.

ClickPB – O Partido Socialismo e Liberdade seria um remanescente do PT idealizado?
VF – Quase isso. Temos concepções um pouco diferentes. Mas o P-Sol tem muita coisa da essência petista, ao menos teórica. É tanto que foi fundado por ex-petistas. E olha que tem muita gente que quer sair de lá, e vir pra cá, mas a gente não aceita.

ClickPB – E o lado escritor Vital, quantos livros publicados?
VF – Eu na verdade publico discos, ou CD’s-LP’s. São três no total. Esse livro será lançado por conta de minha indignação. Você não imagina a tristeza que eu tive quando senti que não havia mais esperança. Eu que apalavrei a minha vida inteira o Partido dos Trabalhadores. E eu descobri que o nosso País até agora só teve agiota. Por Lula ter vindo da mendicância, da retirância, nós acreditávamos nele. Lula é um mendigo, como todo o nordestino praticamente. A única coisa que esperávamos dele é que fosse um bálsamo de ética de grandeza de valores e honestidade.

ClickPB – O setor cultural tem se posicionado a contento em relação à prática política atual?
VF – Não. Eu penso que os artistas, principalmente os cantores e compositores são muito covardes. Têm medo de que a Globo os escanteie. A TV Globo daqui a um tempo vai acabar. O Mundo está em transformação. A TV Tupi foi importantíssima, ainda hoje se comenta. Tudo cai. Nada é eterno. O homem tem que ter o direito de exercer sua cidadania, expressar suas idéias. O P-Sol representa essa tentativa, de mudança e liberdade.

ClickPB – E os livros Vital?
VF – Os três cd’s-lp’s eu criei aqui no estúdio que tenho em casa, passei meus lp’s para cd. Cada cd acompanha um livro com 130 páginas. O primeiro LP “Vital Farias” pela Polygram em 1978, o segundo “Taperoá”, em homenagem à minha mãe e o último “Sagas Brasileiras”. É o mesmo livro para os três cd’s. O livro começa com uma apresentação do trabalho musical e a partir da página 38 inicia uma parte textual opinativa que envolve ensaios, poesias, artigos e pensamentos, chamada “Mea Culpa”.

ClickPB – Mea Culpa é latim?
VF – Eu fui coroinha em Taperoá, seminarista por algum tempo. Eu sou uma pessoa muito religiosa, não de está na igreja. Eu fui compondo a minha religião ao meu bel prazer. Nenhuma igreja me cabe e todas elas fazem parte de mim. Meu conhecimento vem da oralidade. Existe uma literatura oral muito rica no Brasil, muito dela religiosa.

ClickPB – Principalmente no Nordeste…
VF – É verdade. Eu sou um apaixonado por toda essa cultura oral riquíssima. Por todas essas pessoas que são vítimas desta pouca vergonha, que trabalham e têm fé em Deus. Mas essas pessoas estão perdendo a paciência.

ClickPB – Já não era sem tempo? O seu trabalho é reconhecidamente mais “engajado”, muito ligado ao esclarecimento, à informação…
VF – Claro. Se a pessoa só fizer música “meu amor, meu amor”, vai está enganando a ele e a todos. Se nós tivéssemos um país bem bacana, então poderíamos falar apenas de amor. Mas você ter um Brasil como esse e ficar enganando como a mídia faz para enganar a população? Isso é desmerecer a Deus que te deu um talento, uma oportunidade de ser o porta-voz, de esclarecer. O artista brasileiro é muito pusilânime. Ele precisa tomar o bonde da história e fazer a música que o povo precisa e não ficar se escondendo atrás de carnavais e de balanças-bunda da Bahia.

ClickPB – Recentemente você se posicionou ao lado da cantora Elba Ramalho contra a transposição do São Francisco. Qual o motivo principal?
VF – Eu me dou ao luxo de ser uma das poucas pessoas no mundo a conhecer o São Francisco desde sua nascente, na Serra da Canastra, até sua desembocadura no mar. Conheço o baixo, médio e alto São Francisco, já pesquei muito por ali. Se há 25 anos houvesse esse plano, valeria a pena implementá-lo. Mas hoje em dia não há condições, porque o velho Chico está muito comprometido. Só no médio São Francisco, 53 afluentes já acabaram. As pessoas que não têm conhecimento, geralmente não entendem. A mídia, por exemplo, não tem nenhum interesse de explicar que, nas condições degradantes em que o Rio se encontra, ele não suporta uma tesourada destas.

ClickPB – Como o Vital preocupado com as causas ambientais, relata a experiência na Amazônia?
VF – Fui como aprendiz e curioso pela primeira vez em 79, depois em 80, 82, 85, a última vez foi em 94. Cheguei lá em busca de conhecer o projeto Jarí (projeto desenvolvido pela iniciativa privada que defendia a exploração em larga escala e não deslanchou) e trazer informações para os jornais locais que ainda eram muito limitados. Quando compus a Saga da Amazônia em 82, ninguém na mídia falava sobre o tema. Essa pauta não existia na imprensa brasileira. Talvez alguma coisa, muito velada, na TV Cultura de São Paulo. Eu peguei a Amazônia praticamente intacta, ninguém mexia. O projeto Jarí era abafado, em plena época Geisel.

ClickPB – Como experiência , o que deu pra trazer de lá?
VF – Uma malária, que de vez enquanto volta (risos).

ClickPB – Como pesquisador e observador?
VF – Não existe nada tão grandioso no mundo quanto essa engrenagem natural da Amazônia. Eu até me arisco porque não conheço o mundo todo. Se retirasse a Amazônia, o mundo afundava. Porque o desequilíbrio seria completo. É fabuloso, você se sente como uma formiga em meio àquela grandeza toda. A pequenez do homem é revelada. O que se aproveita ainda é muito pouco. Hoje você vê inúmeras multinacionais carregando tudo, de forma irresponsável. O Brasil precisava de um homem grandioso como Hugo Chávez (presidente venezuelano que propõe a “nacionalização” de empresas) para protegê-lo.

ClickPB – Você já cobrou da classe artística, agora cobra da mídia, o seu dever fundamental – o de esclarecer?
VF – A mídia brasileira é muito irresponsável e superficial, para ela só interessa a manchete, o bombástico. As informações adicionais, muitas vezes indispensáveis ao entendimento do tema, são descartadas pela justificativa da falta de tempo. E o mais grave, às vezes ele não é apenas superficial, mas mentirosa, criando fatos e influenciando muita gente erradamente.

ClickPB – Você apoiou o Prefeito Ricardo Coutinho nas últimas eleições. Sustenta a mesma posição?
VF – Ele é um cara honesto e continuo o apoiando. Mas não sou cego e me coloco contra a retirada dos camelôs e barraqueiros, porque é muito fácil chutar cachorro morto, bater nos pequenos. Além de ser um ato de impopularidade. Antes de expulsar, Ricardo deveria construir espaço para abrigar a essas pessoas.

ClickPB – Falta de planejamento?
VF – Não. Falta de vontade política. Porque antes do planejamento, vem a vontade política. É fácil excluir os fragilizados, isto eu não aprovo. Afinal de contas, as barracas só podem ficar na beira da praia? Mas a praia não comporta todo o povo de João Pessoa. Ricardo Coutinho foi eleito com quase 70% dos votos e agora já está impopular. E esta atitude, contribui para formação de marginais, o pai de família sem o dinheiro do pão, vai fazer o que? Mas sei que ele é um cara muito honesto e talvez esteja sendo mal orientado, por essas coligações que a conveniência formou e que até agora não foram bem digeridas pela maioria da população que o elegeu.

ClickPB – Como ambientalista qual é sua análise sobre a construção da Estação Ciência no bairro do Cabo Branco?
VF – Esse projeto da Estação Ciência é um absurdo. Os órgãos ambientais podem até liberar, como já liberaram outros absurdos. Ainda mais aqui na Paraíba, onde a questão do meio ambiente é relegada às últimas categorias de interesse.

ClickPB – Vital e a turnê de divulgação do disco e desculpas à população? João Pessoa está no roteiro?
VF – A turnê ainda não tem nome certo. Como te disse não faço turnê, faço cantoria. Eu sou um cidadão do mato, nasci em Taperoá. Mas Deus me deu uma visão muito boa. A cantoria é intitulada “Primeiro levante poético-musical contra a covardia musical” ou… (faz menção de falar, mas permanece em silêncio). Eu não pretendo cantar em João Pessoa. Faz 15 anos que não canto aqui.

ClickPB – Há 15 anos, qual é o motivo?
VF – É uma questão muito íntima, prefiro não falar sobre isso.

ClickPB – Mas os pessoenses ficam à deriva?
VF – O pessoense, cidadão comum é maravilhoso, como em qualquer outro lugar. Eles podem acompanhar meu trabalho em Campina Grande, em Recife. E tem outras pessoas que cantam e muito bem, não tem necessidade de mim não.

ClickPB – Que pensamento Vital?
VF – Me coloco à disposição, como militante e acima de tudo homem honesto. Por isso minha candidatura a senador.

ClickPB – Então como fica roteirizada a Cantoria?
VF – Ainda não tem nada certo, mas no dia 26 (abril) devo estrear em Campina Grande, lugar por que sou apaixonado. No dia 27 estarei em Caruaru. Depois vamos fazer Petrolina, Juazeiro, Salvador, Feira de Santana, Garanhuns, Teresina, até chegar ao Sul. A última vez que estive no Sul foi em 95 e adorei cantar lá. Principalmente pelo povo que é muito educado e tem uma tradição cultural belíssima e não deixa ninguém roubar. Nós temos um prejuízo no Nordeste por conta da covardia da maioria dos nossos artistas. Por isso a série de cantorias que vai trazer a música “Tu não engana de novo” como tema. O meu grande desejo e, acho maior contribuição, é que as pessoas a ouçam.

TU NÃO ENGANA DE NOVO*

O povo já te conhece/ Também conhece os teus planos/Tu fosse o desengano que o povo inteiro sofreu/ E o povo que te elegeu continua abandonado porque tu mudou de lado, lubriando o nosso povo/ Tu enganasse uma vez, mas não engana de novo

Tu fosse um desonesto com o povo que te elegeu/ Eu sei que tu prometeu coisas sem querer fazer/ Quando chegaste ao poder alguém foi te procurando/ E Tu foste disfarçando lubriando o nosso povo/ Tu enganasse uma vez, mas não engana de novo

Eu sei que tu elegeu candidato do seu lado, governador, deputado e quem sabe algum senador/ Até os vereador também estão do teu lado/ A maior parte comprado, também lubriando o povo/Desculpa o meu português/Tu enganasse uma vez/Mas tu não engana de novo/ Tu não engana de novo/Tu não engana de novo

Eu ainda to lembrado/ De quando foste candidato/Era um rapaz tão simpático, dizia o eleitor/ Mas depois tudo mudou/O plano era bem bolado/Era um esquema montado pra lubriar nosso povo/ Tu enganasse uma vez/Mas tu não engana de novo

Tu foste um perseguidor/ Sadan Russen da maldade/Governasse na verdade como Sandan governou/ Mas tudo isso mudou/Teu poder tá fracassado/Foi muito bem empregado pra lubriar nosso povo/Tu enganasse uma vez/ Mas tu não engana nunca mais de novo //



*Música declamatória, cantada com o acompanhamento do violão e anúncio de lágrimas de Vital Farias. A composição vai encabeçar a “série de cantorias pelo Brasil”, ainda sem data confirmada: “a letra não é minha, apenas a música, o sentimento e a adaptação”.

A história desta presença multifacetada da cultura nacional é narrada no endereço www.vitalfarias.hpg.ig.com.br.


Lívia Falcão
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