O conselheiro do Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB), Fernando Catão, disse que a região do Cabo Branco requer uma intervenção emergencial dos poderes públicos, seja municipal, estadual e federal, na área continental. “O Tribunal vai trabalhar no sentido de garantir que os órgãos públicos garantam a elaboração de um estudo de macrodrenagem”, afirmou ele, sem descartar a necessidade da obra marinha.
Para Fernando Catão, é inadmissível que se modifique um sistema (a Barreira do Cabo Branco) que levou milhões de anos para se acomodar, num espaço de 10 anos – numa velocidade extrema, sem que sequer se faça uma avaliação criteriosa e seja traçado um plano de ações.
O conselheiro do TCE reconheceu que a erosão da Barreira do cabo Branco é uma questão natural, que vem sendo estudada pelos poderes públicos e a sociedade a muito tempo e que ele mesmo já acompanhou de perto o problema. “Chegamos inclusive a quantificar que, anualmente, ela (a barreira) perdia 300 milhões de toneladas de material argiloso pela erosão”, afirmou ele.
“Trouxemos uma universidade, se eu não me engano, Norueguesa ou Holandesa; e fizemos um estudo de toda essa costa, que deve estar em algum escaninho da Prefeitura”, lembrou Catão, acrescentando que todo o projeto consistia em fazer com que o mar trabalhasse de forma contrária e começasse a depositar material no pé da barreira.
Com relação ao estudo da corrente marinha, Fernando Catão reformou que o estudo também é uma questão fundamental e também precisa ser feito. “Ele (o estudo) tem que sair e alguém vai ter que assinar ele. Algum responsável por essa questão marinha”, finalizou o conselheiro