A presidente do Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB), Renata Ramalho, disse na manhã desta sexta-feira (21) que, apesar da alteração no edital de seleção do Ortotrauma de Mangabeira dos salários de técnicos de enfermagem, a autarquia ainda espera que a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) reveja os salários de técnicos de enfermagem e enfermeiros para valores condizentes com os praticados na capital paraibana.
“Nossa impugnação foi apresentada no último dia 19 e até agora não fomos contatadas pela Secretaria de Saúde do município para tratar deste processo seletivo, mas estamos confiantes que assim como a Prefeitura reconheceu o erro com relação ao salário mínimo, altere os valores dos vencimentos de Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros”, avaliou a presidente do Coren-PB. “Nossa posição segue inalterada neste sentido”, insistiu.
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No Ofício, encaminhado para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o Coren-PB destaca que “o salário que foi estipulado para o Enfermeiro é muito baixo para as atividades que ele exerce. Mais ainda, o cargo de Enfermeiro exige formação profissional específica e tem atribuições de extrema responsabilidade técnica que acabam por demonstrar a complexidade do cargo, sendo tais responsabilidades de igual monta que a de outros cargos como a de médico, que receberá um salário bem superior ao do Enfermeiro, chegando a ser SEIS vezes maior que o salário do enfermeiro”.
O edital prevê pagamento de um salário mínimo para técnicos de enfermagem, o equivalente a R$ 1.045, e de R$ 1.250 para enfermeiros e outros cargos de nível superior. Apenas os médicos terão um salário maior, com R$ 7.500.
O documento enviado pelo Coren-PB lembra que o “defendido por este Conselho é um piso salarial para os Enfermeiros no valor de R$ 4.650,00 e para técnico de enfermagem no valor de R$ 2.325,00, conforme prevê o Projeto de Lei 1876/2019 em trâmite na Câmara dos Deputados de autoria do deputado Mauro Nazif (PSB-RO)”.
CRP-PB
O Conselho Regional de Psicologia da Paraíba (CRP-PB) se juntou ao coro das reclamações e divulgou, nesta sexta-feira (21), nota de repúdio a baixa remuneração oferecida aos profissionais da Psicologia e outras categorias da área da saúde, não só no edital do Ortotrauma, mas também em outros lançados por diversas prefeituras da Paraíba.
“Está cada vez mais recorrente a desvalorização do trabalho de grande parte dos profissionais da saúde que, mesmo reconhecendo tal depreciação e disparidade salarial diante de outras categorias, se submete ao processo seletivo pois necessita reafirmar seu espaço no mercado de trabalho”, diz a nota.