Poseidon

Consumidor deve ler o rótulo de água para não ‘comprar gato por lebre’, alerta superintendente da ABINAM

“O consumidor não lê rótulo e acaba comprando gato por lebre”, declarou José Carlos Cunha Lima, comentando sobre o produto vendido muitas vezes como água mineral sem ser.

Consumidor deve ler o rótulo de água para não ‘comprar gato por lebre’, alerta superintendente da ABINAM

A Operação Poseidon interditou sete fábricas de água adicionada de sais minerais e prendeu quatro pessoas em flagrante nesta terça-feira — Foto:Reprodução

O superintendente regional na Paraíba da Associação Brasileira de Indústria de Águas Minerais Naturais (ABINAM), José Carlos Cunha Lima, fez um alerta ao consumidor sobre a compra do produto. “O consumidor não lê rótulo e acaba comprando gato por lebre”, declarou José Carlos Cunha Lima, comentando sobre o produto vendido muitas vezes como água mineral sem ser. A Operação Poseidon, deflagrada nesta semana, investiga irregularidades na fabricação de água fabricada adicionada de sais minerais na Paraíba.

De acordo com José Carlos Cunha Lima, como a água adicionada de sais é vendida na mesma embalagem da água mineral, o consumidor acaba se equivocando no momento da compra. Ele criticou o fato de que na Paraíba existem “mais de 30 empresas nesse sentido [água adicionada de sais] hoje e o pessoal estava montando como se monta uma bodega”.

Em entrevista ao ClickPB, o superintendente da ABINAM explicou que a “água mineral é encontrada na natureza, que não passa por tratamento nenhum e que vai direto da fonte para o copo”. De forma diferente, é fabricada a água “adicionada de sais, que pode ser proveniente de qualquer canto, tem que passar por um processo de purificação e depois disso adiciona os sais minerais”.

Ele acredita ainda que a operação é positiva para o consumidor por valorizar a qualidade do produto. “Água é o produto mais nobre que existe e está sendo camuflada na Paraíba”, lamentou o superintendente.

A Operação Poseidon interditou sete fábricas de água adicionada de sais minerais e prendeu quatro pessoas em flagrante nesta terça-feira (06). Os presos são os proprietários das empresas e responsáveis técnicos que devem passar por audiência de custódia. Os detidos vão responder por crime de adulteração de produto.

Marcel Figueira, coordenador de Segurança Institucional da Anvisa, declarou em entrevista ao ClickPB que encontrou péssimas condições de higiene e até mesmo contaminação da água nas fábricas visitadas. “Do jeito que a agua era manipulada, não tinha condições de consumo, não seguia as regras da Anvisa para estar produzindo a agua”, afirmou.

Foi feita coleta da água encontrada para a realização de exames que devem constatar a sua qualidade. O resultado dos exames deve embasar os indiciamentos dos responsáveis pela fabricação com irregularidades.

Nas empresas inspecionadas, foram identificadas irregularidades nos equipamentos, ausência de adição de sais e problemas de higiene. Em alguns locais, foram encontrados sapos e pererecas contaminando a água.

As fábricas interditadas foram a ‘Cristal de Areia’ (localizada em Areia); a ‘Fonte da Vida’ (em Monteiro); a ‘Cristal Leve’ (em Riacho dos Cavalos); a ‘Pureza’ (em Conceição); a ‘Igapo’ (em Sousa); a ‘Agrovida’ (em Lagoa Seca) e a ‘Vale Cristal’ (em Cajazeiras). Já as fábricas ‘Nova Fonte’ (em Manaíra) e ‘Purifique’ (em Pombal) foram notificadas e receberam recomendações dos órgãos.

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