As tradicionais barracas de fogos de artifício das festas juninas começam a surgir em pontos estratégicos de João Pessoa e de cidades em que há celebrações no período. A diversidade não é só de produtos, mas também de riscos oferecidos a quem vende e a quem compra. Por isso, a atenção de vendedores e de clientes deve ser redobrada para evitar incêndios, queimaduras e explosões.
De acordo com o Corpo de Bombeiros da Paraíba, a venda de fogos de artifício é controlada por meio de fiscalizações, feitas de acordo com um código de proteção contra incêndios elaborado pela corporação. “Nossas primeiras fiscalizações vão ocorrer a partir desta segunda-feira, mas elas continuam até o final dos festejos juninos e a população pode denunciar as barracas que estiverem instaladas em lugares impróprios para comercialização dos produtos”, explica o tenente Cícero Silva, da seção de Relações Públicas do Corpo de Bombeiros.
É importante evitar a compra em locais sem o certificado de aprovação, já que há possibilidade de explosão nos pontos de venda ou até mesmo devido ao modo de fabricação dos fogos, alerta o tenente. “É preciso ter cuidado, também, com as barracas instaladas em áreas residenciais”, adverte Silva, referindo-se aos riscos oferecidos pelo contato com a rede elétrica.
O trabalho dos bombeiros não anula os cuidados de quem manuseia o material. Durante os festejos juninos, é importante estar atento aos possíveis acidentes com fogueiras, evitando o uso de álcool, gasolina ou outro combustível para acendê-las, além de evitar as brincadeiras de pular por cima das chamas.
Apesar do mês de junho ter começado há 11 dias, a movimentação nas barracas de fogos de artifícios, montadas na lateral do Estádio Almeidão, ainda está fraca. A expectativa é de que as vendas melhorem a partir do dia 20 de junho.
Gerônimo Pereira trabalha com fogos de artifício há mais de cinco anos. Ele disse que a procura maior está sendo pelos artigos infantis. “Na semana que vem as vendas devem melhorar com o início das festas juninas das escolas”, afirma.
Proprietário de uma barraca na cidade, Gerônimo conta que os produtos mais procurados também são os infantis: traque, estalo, estrelinha, chumbinho e chuva de prata. Os preços variam entre R$ 2 a R$ 100.
Veja principais dicas do Corpo de Bombeiros de prevenção de acidentes com fogos de artifícios:
– Antes de usar fogos de artifício, leia atentamente e siga todas as instruções do fabri-
cante;
– Não faça uso de bebidas alcóolicas ao acender fogos de artifício;
– Acenda um por vez e, de preferência, utilizando luvas;
– Mantenha-se afastado quando outra pessoa acende o dispositivo;
– Não permita que crianças acendam fogos de artifício e mantenha-as afastadas ao acendê-los;
– Não se aproxime do dispositivo, nem tente reacendê-lo caso ele não tenha deflagrado. Ele ainda pode estourar e, se você estiver próximo, pode causar lesões graves;
– Jamais tente fabricar foguetes em casa, pois é muito perigoso;
– Nunca abandone na rua ou em sua casa foguetes que falharam, pois outras pessoas
podem tentar explodi-los e sofrer sérias lesões;
– Não solte fogos de artifício próximo a residências, postos de combustíveis, a redes elétricas, etc.;
– Para acender os foguetes, amarre-os antes em varetas longas de madeira e acenda-os a um metro de distância com outra vareta de madeira;
– Após a queima não deixe resíduos no chão e mergulhe o material usado em água para evitar a reutilização;
– Em caso de acidente com fogos de artifício, o ferimento deve ser lavado com água corrente. Não se deve tocar na área afetada e nem colocar substâncias sobre a lesão, como manteiga, creme dental, pomadas e outros. A vítima deve ser encaminhada imediatamente para um hospital.