
Imagem ilustrativa (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
O vereador Tarcísio Jardim (Progressistas) disse, nesta sexta-feira (5), que um integrante do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo da Paraíba (Sindipetro-PB) e uma rede de postos de combustíveis de João Pessoa confessaram a existência de uma padronização de preços.
Como observou o ClickPB, a informação foi revelada em entrevista concedida ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM.
Tarcísio Jardim é relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Combustíveis, instaurada na Câmara Municipal da Capital (CMJP).
De acordo com o vereador, os postos de combustíveis da Capital paraibana visam o preço da concorrência, deixando a margem de lucro de lado. Ele destacou que não existem políticas individuais de preço para cada estabelecimento.
“Temos confissão do integrante do Sindipetro-PB e de uma rede de postos de combustíveis de João Pessoa de que existe padronização e que eles não seguem políticas padronizadas de precificação. Por exemplo, não visam a margem do lucro, mas o preço da concorrência. Se meu colega ao lado baixa o preço, não consigo baixar, mas baixo de todo jeito apenas porque ele baixou. Isso é um exemplo claro de que não existem políticas individualizadas por cada rede de postos fazendo o seu lucro. Efeito manada, o que um faz, todos fazem”, explicou o vereador.

Segundo Tarcísio Jardim, haverão punições, como a uma rede de postos de combustíveis, que não obedeceu a convocação feita pela CMJP para participar da CPI e deverá ser responsabilizada por desobediência.
“Haverá punições. Teve uma rede de postos que não compareceu ao convite e convocação. Ignorou e não quis aceitar a convocação, isso foi notificado ao Ministério Público e para a Secretaria de Segurança. Pediremos no relatório final que ela responda pelo crime de desobediência, já existe um direcionamento para isso”, revelou Tarcísio.
Próximos passos da CPI
O relator ainda detalhou os próximos passos da CPI, destacando que no próximo dia 17 de dezembro será realizada a entrega do relatório final, sendo encaminhado para a Polícia Civil e Ministério Público da Paraíba (MPPB).
“Até quarta-feira da semana que vem (10), cada membro deverá apresentar seu relatório com o que entendeu e conseguiu coletar de informações e repassar para que eu complemente ou adicione fatos novos. No dia 17, faremos a sessão de aprovação e entrega do relatório final, que será encaminhado para Polícia Civil e Ministério Público para serem buscadas as materializações das condutas que foram indicadas com as oitivas que fizemos na CPI, com os relatórios dos Procons PB e JP e as conclusões com as perguntas que fizemos aos entrevistados”.
