A desembargadora Túlia Neves, que tomou posse no Tribunal de Justiça da Paraíba em 2024 comemora a vanguarda do Judiciário paraibano em relação ao cumprimento da paridade de gênero. Prestes a completar um ano de sua posse, a desembargadora Túlia Neves reforça que as mulheres foram silenciadas por muito tempo e agora está sendo feita justiça na busca pela representatividade em posições de liderança.
Em entrevista ao jornalista Clilson Júnior, do ClickPB, a desembargadora Túlia Neves celebrou que “a gente foi muito tempo silenciada. Isso é um direito nosso, esse resgate que, graças a Deus, está sendo dado na resolução de paridade por todos os estados da Federação”.
“É um trabalho de formiguinha”, comemora a desembargadora sobre os novos passos que vêm sendo dados. A desembargadora Túlia Neves destaca que as mulheres seguem sendo minoria em cargos mais altos, mas o quadro aos poucos vai sendo revertido.
A desembargadora observa a situação como um funil e destaca que “nós temos o quadro base de mulheres que estão na carreira jurídica, advogadas, promotoras, magistradas muito grande, um número elevado no primeiro grau”.
No entanto, quando o cenário de segundo grau passa a ser observado, o número de mulheres diminui. “Sempre foi mais homens do que mulheres. Então, os espaços de liderança, de cargos que ainda nós estamos buscando”, apontou a desembargadora lembrando que há poucos anos a mulher não podia sequer exercer o direito ao voto.
Como acompanhou o ClickPB, a desembargadora Túlia Neves fez questão de destacar que o Tribunal de Justiça da Paraíba está na vanguarda em razão de os desembargadores João Benedito e Fred Coutinho terem dado cumprimento à resolução de paridade de gênero. Ela aponta que o desembargador Oswaldo Trigueiro, que preside o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) também está sensível à causa.
“Na verdade, nós temos aquela prateleira da invisibilidade. A gente existia ali, embora nós não éramos tirados das prateleiras”, comenta a desembargadora ressaltando que a vez das mulheres chegou.
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