Entre os principais sintomas, a vítima pode apresentar tristeza, mal humor, irritabilidade, queda de produtividade, redução ou falta de apetite sexual, até quadros mais complexos que contribui para desencadear outras doenças. — Foto:reprodução
Na série de entrevista do mês dedicado a saúde mental ‘Setembro Amarelo’, o médico psiquiatra Thiago Guedes, em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta quinta-feira (14), abordou os riscos do esgotamento mental que pode gerar a síndrome de Bournout. Entre os principais sintomas, a vítima pode apresentar tristeza, mal humor, irritabilidade, queda de produtividade, redução ou falta de apetite sexual, até quadros mais complexos que contribui para desencadear outras doenças.
“Desespero tão intenso que a vítima tem que a vontade é de largar tudo e não trabalhar mais. É uma sensação de esgotamento recorrente, mesmo havendo um descanso como aos finais de semana. A pessoa começa a sentir uma tristeza e vai perdendo o prazer em atividades que antes lhe faziam bem. Existem diversos tratamentos para isso, um deles é a mudança de rotina no trabalho, medicação e outros elementos que ajudam na redução dos sintomas”, destacou como acompanhou o ClickPB.
A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional estresse provocados por condições de trabalho desgastantes. Segundo o médico, professores, bancários, policiais, jornalistas, profissionais da saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno.
O transtorno está registrado no grupo 24 do CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) como um dos fatores que influenciam a saúde ou o contato com serviços de saúde, entre os problemas relacionados ao emprego e desemprego.
O médico ainda alertou para o risco da prática de venda de férias. “Quem deixa de gozar das férias e opta por vende-las pode estar pagando a consulta no psicólogo e psiquiatra. Então é necessário aproveitar as férias”, disse o profissional.
O psicólogo lembrou que o tratamento é garantido tanto pelo Sistema único de Saúde (SUS) como também pelos planos de saúde e profissionais particulares e que quanto mais cedo for detectado os sintomas e tratados, mais chances de amenizar o adoecimento. Ele lembrou que os atendimentos são feitos nos postos de saúde, unidades de assistência família e Centro de Valorização da Vida. O CVV oferece atendimento gratuito e anônimo 24 horas por dia pelo telefone 188 e pelo site: cvv.org.br. Como também procurar qualquer Unidade de Saúde espalhadas pela cidade.
Saiba mais:
Setembro Amarelo: “qualquer ser humano é vulnerável ao adoecimento mental”, diz psicólogo
“Homens pedem menos ajuda e adoecem mais”, revela psicólogo sobre problemas de saúde mental
Setembro Amarelo: “qualquer ser humano é vulnerável ao adoecimento mental”, diz psicólogo