Crise hídrica

Exaustão do açude de Boqueirão acontecerá em julho e águas do São Francisco o salvariam

O volume total do açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, está em 7,3% de sua capacidade máxima, o que representa 30.050.244 m³

Exaustão do açude de Boqueirão acontecerá em julho e águas do São Francisco o salvariam

O volume total do açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, está em 7,3% de sua capacidade máxima — Foto:Divulgação

A reserva de água do açude de Boqueirão, que abastece Campina Grande, poderá ser utilizada até o mês de julho de 2017, de acordo com o presidente da Cagepa, Marcus Vinícius Fernandes. “Todas as ações e todos os estudos permitem tirar a água até julho, quando seria a exaustão do manancial”, defende.

O volume total do açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, está em 7,3% de sua capacidade máxima, o que representa 30.050.244 m³, de acordo com monitoramento da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) divulgado nesta sexta-feira (02).

O abastecimento de água na região está garantido, de acordo com o presidente da Cagepa, com a chegada das águas do Rio São Francisco que chegarão à região pela transposição. A expectativa é que as obras sejam concluídas até o mês de abril e que até agosto a água chegue à Paraíba.

“Em curto prazo nós temos a manutenção da água e a questão do São Francisco chegando. Além da possibilidade de uma quadra invernosa que só pode se considerar adequada com as previsões a partir do final de outubro e começo de novembro”, avalia o presidente da Cagepa.

Presidente da Cagepa, Marcus Vinícius Fernandes (foto divulgação)

Com a transposição, estima-se que 1 m³/s de água chegue à Paraíba pelo eixo norte e outros 4,95 m³/s cheguem pelo eixo leste. De acordo com Marcus Vinícius, esta quantidade somada em 11 dias seria suficiente para abastecer Campina Grande durante um mês.

Marcus Vinícius estima que 90% das obras de transposição do Rio São Francisco já estão prontas, sendo que os 10% restantes, são obras acessórias que não impedem o bombeamento de água. Na Paraíba, prosseguem os serviços necessários para receber as águas através dos eixos norte e leste.

“Já fizemos sobrevoo de drone de toda essa área específica, já mapeamos onde vai precisar ter intervenção de retificação de canal, no leito do rio. A questão dos esgotos já tem algumas contratações e outros são pelas prefeituras”, explicou Marcus Vinícius.

A situação hídrica da Paraíba está sendo discutida em um seminário promovido pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). Especialistas no assunto discutem e se debruçam sobre as melhores saídas para a crise hídrica que assola a região.

De acordo com o conselheiro Fernando Catão, “o que se espera é que toda essa discussão seja levada em frente, mas que o inverno faça a recarga nos açudes para dar tranquilidade”.

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