
Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizar, o andamento do processo que pode levar ao fim da obrigatoriedade da autoescola para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), a educadora observadora certificada, na Paraíba, do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), Abimadabe Vieira, em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta quinta-feira (2), disse que o fim da obrigatoriedade de autoescola poderá prejudicar a formação de futuros condutores.
“Essa formação nos centros especializados garante não só o aprendizado, mas impõe as regras de transito, direção defensiva, cidadania, primeiros socorros. Isso pode reduzir custos, mas também pode comprometer a qualidade na formação desse candidato. O Brasil já tem índices preocupantes, nós já somos o terceiro em índices de acidente no trânsito e com esse menos preparo que essa proposta apresenta pode significar mais risco no trânsito”, disse como acompanhou ClickPB.
Segundo ela, ações que contribuam para a redução dos índices de acidentes no trânsito do país, envolve uma série de sistemáticas entre elas a direção defensiva, primeiros socorros e legislação “o trânsito é uma questão de preservar vidas, não só de mobilidade”, alertou Abimadabe.
Fim da obrigatoriedade
O governo federal lançou uma consulta pública, publicada no “Diário Oficial da União”, nesta quinta-feira (2), para discussões sobre a questão no Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Em levantamento feito pelo ClickPB, para uma pessoa conseguir uma formação em autoestola para aquisição de CNH precisa desembolsar entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, além de taxas extras no Detran caso seja reprovado nos testes.
A proposta prevê que o candidato possa escolher diferentes formas de se preparar para os exames teórico e prático, que continuarão obrigatórios, como condição para a emissão da CNH. A ideia é retirar a obrigatoriedade de contratação de autoescolas para que o candidato escolha contratar instrutores autônomos credenciados.
