Meio ambiente

Fortes chuvas e alterações químicas da água provocaram morte de caranguejos na Praia de Acaú, em Pitimbu, revela Sudema

Em relatório obtido pelo ClickPB, nesta segunda-feira (20), o aumento da vazão do rio Tracunhaém, as mudanças químicas da água como turbidez e salinidade, além da exposição solar foram os responsáveis pela morte dos caranguejos.

Fortes chuvas e alterações químicas da água provocaram morte de caranguejos na Praia de Acaú, em Pitimbu, revela Sudema

As fortes chuvas modificaram o habitat natural desses animais e a obtenção de alimento por essa espécie de caranguejo é realizada durante a baixamar nas proximidades das tocas, cenário que foi alterado. — Foto:reprodução

Análises das amostras colhidas de centenas de caranguejos encontrados mortos no início de junho, na faixa de areia praia de Acaú, em Pitimbu, litoral sul da Paraíba, identificaram o que provocou a situação. Em relatório obtido pelo ClickPB, nesta segunda-feira (20), elaborado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), as fortes chuvas, o aumento da vazão do rio Tracunhaém, as mudanças químicas da água como turbidez e salinidade, além da exposição solar foram os responsáveis pela morte dos caranguejos.

De acordo com o relatório, o “elevado índice pluviométrico entre os dias 25 e 31 de maio, o aumento da vazão do rio Tracunhaém, o alagamento das zonas de manguezais e as mudanças em parâmetros físico-químicos (turbidez e salinidade) da água, além das alterações comportamentais e fisiológicas nos indivíduos da espécie Ucides cordatus, fazendo com que estes se deslocassem ou fossem carregados pelo fluxo de água”, diz o relatório. 

O órgão também informou que a obtenção de alimento por essa espécie de caranguejo é realizada durante a baixamar nas proximidades das tocas. “Desse modo, esses indivíduos tendem a se deslocar mais, à procura de zonas menos inundadas e, neste processo de migração, encontra alguns obstáculos, como a alta turbidez e a baixa salinidade, que acaba gerando uma alteração no equilíbrio osmótico”, diz o relatório.

Ainda segundo a Sudema, foi identificado que a busca por outros locais distintos ao manguezal os expõe a áreas com ausência de cobertura vegetal, ocasionando uma exposição prolongada à radiação solar. “Consequentemente, os indivíduos sofrem com a incidência direta dos raios UV, gerando apoptose (morte celular programada) de células específicas do sistema nervoso e, posteriormente, morte por exposição prolongada à radiação solar”, disse o documento.

Segundo o conselheiro da reserva extrativista Acaú-Goiana, Antônio dos Santos Alves, esta foi a primeira vez que a reserva se deparou com a morte de centenas de animais. 

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