O líder da oposição em Campina Grande, Galego do Leite (Podemos) entrou com um pedido de medida cautelar contra a doação de um terreno público em área nobre avaliado em R$ 7 milhões para uma empresa em que o dono é filho de um dos vereadores da cidade. O pedido foi protocolado nesta terça-feira (11) no Tribunal de Contas do Estado após o juiz José Aurélio da Cruz, do Tribunal de Justiça da Paraíba extinguir uma Ação Popular contra doação de terreno para Vila Sítio São João.
Em entrevista ao Portal ClickPB, Galego do Leite explicou que o pedido de medida cautelar é para evitar a sanção do prefeito. “Estamos fazendo a nossa parte em defesa da população campinense que está revoltada com essa situação. Como podem querer doar um terreno com mais 24,8 mil metros quadrados e avaliado em R$ 7 milhões para a iniciativa privada. Iremos continuar firmes nessa luta, pois temos o apoio do povo e a indignação com tamanho descaso continuará fortalecida”, explicou.
De acordo com o vereador, caso o prefeito Romero Rodrigues sancione a lei que foi aprovada na Câmara Municipal de Campina Grande, “o processo para tentar barrar a doação continuará ainda mais forte, uma vez que haverá possibilidade de se entrar com uma nova Ação Popular.”
O Sítio São João já foi alvo de diversas mudanças. No início quando foi fundado na década de 90 no Alto Branco, bairro nobre da cidade, o local tinha acesso gratuito para a população. Depois, o Sítio foi transferido para vários locais e passou a funcionar cobrando uma taxa simbólica para o acesso. Atualmente, o local funciona na Av. Floriano Peixoto, no Centenário e passou a ser chamado de Vila São João, uma vez que o espaço concentra casa de shows e outros ambientes.
