Catuaba

Gilmar Mendes concede habeas corpus e barra prisão em 2ª instância de condenados paraibanos

Os réus paraibanos haviam sido condenados pelos crimes de quadrilha, corrupção ativa e falsificação de papeis públicos em investigação iniciada em 2004.

Gilmar Mendes concede habeas corpus e barra prisão em 2ª instância de condenados paraibanos

Gilmar Mendes citou dois habeas corpus julgados anteriormente na Corte em que execução provisória da pena foi suspensa — Foto:Reprodução

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), barrou liminarmente a execução da pena de quatro réus paraibanos que haviam sido condenados em segunda instância, no âmbito da Operação Catuaba – investigação sobre um suposto esquema de sonegação fiscal no setor de bebidas. A decisão de Gilmar foi tomada em habeas corpus no dia 5 de março e beneficiou os condenados que estavam detidos desde junho do ano passado.

Daniel dos Santos Moreira, Eliezer dos Santos Moreira, Raniery Mazzilli Braz Moreira e Maria Madalena Braz Moreira haviam sido condenados pelos crimes de quadrilha, corrupção ativa e falsificação de papeis públicos em investigação iniciada em 2004. Após o cumprimento do início da pena, os réus entraram com habeas corpus perante o Tribunal Regional Federal da 5ª Região e perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os pedidos foram negados.

Ao recorrer ao Supremo, a defesa dos réus afirmou que o entendimento da Corte máxima que permite o cumprimento provisório de pena, após confirmação da condenação em segunda instância, não tem “efeito vinculante”. Os advogados Nelio Machado e João Francisco Neto destacaram também que haveria um recurso especial no STJ, pendente de julgamento, e um recurso extraordinário suspenso.

Em sua decisão, Mendes citou dois habeas corpus julgados anteriormente por ministros da Corte, nos quais a execução provisória da pena foi suspensa. Em um deles, ele manifestou sua “tendência em acompanhar o ministro Dias Toffoli no sentido de que a execução da pena com decisão de segundo grau deve aguardar o julgamento do recurso especial pelo STJ”.

Segundo Gilmar Mendes, seu entendimento aplica-se no caso dos alvos da Operação Catuaba, uma vez que há um recurso pendente de julgamento no STJ. “É de se admitir, em tese, a possibilidade do afastamento dessa execução provisória em decorrência do eventual processamento e julgamento do recurso especial”, afirmou. Assim, concedeu a liberdade aos réus até que o julgamento do mérito do habeas corpus seja julgado.

Lula

A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, está sendo cobrada a pautar a discussão sobre prisão em segunda instância na Corte. A pressão para que o Supremo firme um entendimento único sobre a possibilidade de prisão em segunda instância aumentou com a proximidade do julgamento, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), de recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta terça-feira (13), questionada sobre o assunto durante evento, Cármen disse que não “se submete” a pressões. A ministra recebe nesta quarta (14) o advogado de Lula, Sepúlveda Pertence.

Acompanhe mais notícias do ClickPB nas redes sociais:
 FacebookTwitterYoutube e Instagram
Entre em contato com a redação do ClickPB: 
Telefone: (83) 99624-4847
WhatsApp: (83) 99624-4847
E-mail: [email protected]

COMPARTILHE

Bombando em Paraíba

1

Paraíba

Após Umbuzeiro gastar R$ 250 mil, Prefeitura de Gado Bravo vai ‘torrar’ mais de R$ 850 mil em produtos de limpeza

2

Paraíba

Ferramenta criada na Paraíba ajuda consultores e amplia conhecimentos financeiros e administrativos

3

Paraíba

Inscrições para 5ª Pedalada Ambiental seguem abertas e evento acontece próximo dia 28 em João Pessoa

4

Paraíba

Dinho prevê que nove vereadores podem não se reeleger em outubro e diz que Câmara pode ter “grande renovação” em João Pessoa

5

Paraíba

“Estamos bastante ansiosas”, revela Terezinha Domiciano sobre nome ser validado para encabeçar lista tríplice na UFPB