Saúde

Hospital Universitário de João Pessoa recebe protótipo de purificador de ar que elimina 99.9% do vírus da Covid-19

Desenvolvido através de parceria entre Serviço de Fissuras Labiopalatinas e setores da UFPB, projeto deu origem a purificador de ar que será utilizado no atendimento odontológico a pacientes fissurados.

Hospital Universitário de João Pessoa recebe protótipo de purificador de ar que elimina 99.9% do vírus da Covid-19

O dispositivo de proteção que elimina o vírus do ambiente em até 99.9%. — Foto:reprodução

O Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh) recebeu um purificador de ar anti-covid-19 para ambiente hospitalar, que vai possibilitar ainda mais segurança no atendimento aos pacientes do Serviço de Fissuras Labiopalatinas. O dispositivo de proteção que elimina o vírus do ambiente em até 99.9%. A entrega aconteceu na manhã desta segunda-feira (6) com a presença de várias autoridades. 

Idealizado por profissionais do Serviço de Fissuras em parceria com setores da Universidade Federal da Paraíba, o projeto contou com recursos da ordem de R$ 184,8 mil financiados pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq). O protótipo tem entre os diferenciais eficácia na filtragem do vírus da covid-19 de 99.9%, além do fato de contar com um sistema que permite a acoplagem diretamente nas cadeiras odontológicas. 

“Estamos utilizando filtros, desenvolvidos durante o projeto, que possuem nanotecnologia com dimensões compatíveis para imobilizar as partículas do coronavírus, diferentes daqueles já comercializados. Foram desenvolvidas quatro formulações, testadas especificamente para coronavírus”, explicou a coordenadora geral do projeto Kelly Cristiane Gomes.  Além disso, os benefícios do purificador de ar se estendem ao baixo custo em relação aos produtos encontrados no mercado.  

“Quando iniciou a pandemia, ficamos muito preocupados sobre como seria o atendimento em ambiente hospitalar, principalmente pelo fato de atuarmos na odontologia e trabalharmos diretamente com a cavidade oral (boca). Surgiu um edital da Fapesq com o objetivo de subsidiar projetos relacionados com a covid-19. Vimos então uma oportunidade de desenvolver um equipamento para a purificação do ar”, explicou a cirurgiã-dentista e responsável técnica do Serviço de Fissuras Labiopalatinas do HULW, Rosa Helena Wanderley. 

O superintendente do HULW, Marcelo Tissiani, parabenizou a equipe pela iniciativa e destacou a importância de projetos de pesquisa no enfrentamento à pandemia de covid-19. Também presente na entrega do protótipo, o reitor da UFPB, Valdiney Gouveia ressaltou que as parcerias agregam valor e permitem que projetos de ciência e tecnologia sejam postos em prática. 

O presidente da Fapesq, Roberto Germano Costa, mostrou-se agradecido e satisfeito com o resultado obtido por meio dos recursos disponibilizados para projetos de pesquisa ligados ao combate à covid-19. “Ficamos muito contentes com o projeto apresentado pelo HULW comprovando a responsabilidade que este hospital tem com a sociedade paraibana e com a saúde do Estado da Paraíba”, disse.  

A equipe envolvida no desenvolvimento do protótipo reuniu colaboradores do Serviço de Fissuras do HULW, professores e servidores do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal da Paraíba, do Laboratório de Fabricação Digital (Fablab), responsável pela fabricação do primeiro protótipo utilizando impressão 3D, e do Centro de Energias Alternativas e Renováveis (Cear), além de alunos de graduação e pós-graduação da UFPB.   

Entre os integrantes do projeto estão a coordenadora geral Kelly Cristiane Gomes, a cirurgiã-dentista do Serviço de Fissuras e pesquisadora Rosa Helena Wanderley, além de pesquisadores e colaboradores como Alexandre Vieira, Euler Macêdo, Vitor Marques, Flávia Aquino, Abel Lima Filho, Sandro Marden, Marçal Rosas Filho, Alice Castro e Luiz Regis. 

Segundo a proposta do projeto, o ambiente hospitalar é um dos locais de maior risco para a propagação do Sars-CoV-2 e, como agravante da situação, as partículas virais permanecem no ar por até nove horas, ocasionando maior contaminação, inclusive registrada entre os profissionais de saúde. 

“Dispositivos de proteção e estratégias para eliminar o vírus do ar tem sido propostos, mas todas elas requerem que as pessoas não estejam presentes, o que não permite prevenir o contágio de profissionais no momento que eles estão trabalhando. Para isso, é preciso um protocolo que permita que o ar seja purificado em tempo real, para dramaticamente diminuir a contaminação dos profissionais de saúde”, especifica o resumo do projeto”. 

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