Saúde

“Intervenção precoce é o melhor tratamento para o autismo”, diz fonoaudióloga sobre sinais dados ainda na primeira infância

Segundo ela, quanto mais cedo, mais chances de a criança ser assistida por um tratamento que amenize o impacto do TEA em sua vida.

"Intervenção precoce é o melhor tratamento para o autismo", diz fonoaudióloga sobre sinais dados ainda na primeira infância

Inscrições para curso de assistente terapêutico terminam nesta sexta-feira. Profissional atua com no cuidado com crianças autistas.

A fonoaudióloga Jacielle Almeida, em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta terça-feira (26), disse que quanto mais cedo for identificado os sinais do transtorno do espectro autista (TEA), mais chances de sucesso no tratamento.

“Quando uma criança é diagnosticada, o médico neuro pede uma série de exames. O espectro do autismo é muito amplo. A fala é um dos pré-requisitos, mas não é o único indício, além de comportamentos repetitivos, como gostar de apenas um brinquedo e conversas que destoam do normal. Outro sinal é a dificuldade na rotina e aceitação de mudanças. São sinais que os pais já vão sentindo e devem estar atentos para procurar acompanhamento. A intervenção precoce é o melhor tratamento para o autismo. Por isso, importante que os pais vejam os sinais que o TEA  dá ainda cedo na criança”, explicou como acompanhou o ClickPB. 

Ela também falou sobre o crescimento no número de identificação do TEA. “Estamos notificando de forma mais adequada, o que não acontecia antigamente, quando havia diagnóstico de esquizofrenia, psicoses entre outros confundidos com o autismo”, disse ao justificar esse aumento. 

Ao ser questionada sobre os problemas enfrentados por quem é autista, a especialista disse que os país enfrentam grandes dificuldades com os filhos autistas, principalmente na parte escolar. “Falta muito para que crianças autistas tenham seus direitos respeitados. Em alguns casos os pais nem falam que tem o filho autista”, exemplificou sobre a falta de vagas nas escolas para quem tem o TEA. 

“As leis estão aí para serem cumpridas e vemos uma dificuldade sobre isso. A gente precisa promover para essas crianças qualidade de vida, ninguém vai ter seu filho para ele ficar dentro de casa diante de tantas leis que dão esse respaldo”, avaliou como acompanhou o ClickPB. 

Ela ainda lembrou que os familiares que suspeitam de sinais semelhantes ao de autismo em alguma criança da família pode procurar o Sistema Único de Saúde (SUS). “O fechamento é multidisciplinar e pode levar algumas sessões pois é muito clínico, mas quem vai fechar é um neuro ou um psiquiatra na FUNAD pelo SUS ou no Centro de Doenças Raras nos Bancários”, explicou.

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