Cerca de mil famílias de todas as regiões do estado ocuparam nesta madrugada de segunda-feira (16) a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na capital, em movimento coordenado pelo MST (Movimento Sem Terra), a Jornada Nacional de Lutas.
De acordo com os coordenadores do movimento, as mobilizações da Jornada de Lutas de Outubro estarão acontecendo em resposta aos constantes ataques à classe trabalhadora no país, desencadeados também “pelo golpe que desde 2016 vem aprofundando a criminalização da luta pela terra e causando retrocessos para os trabalhadores rurais”.
Entre as pautas principais da jornada, o MST aponta as novas ofensivas contra reforma agrária, como a titulação dos assentamentos e a leio de grilagem, estratégias do governo federal para continuar promovendo a concentração fundiária e a ‘estrangerização’ das terras em todo país.
Eles reivindicam do governo federal a recomposição do orçamento e das políticas para reforma agrária e denunciam os cortes das políticas de infraestrutura dos assentamentos, de créditos para a reforma agrária como o fomento mulher, para o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) e outros retrocessos que, segundo os trabalhadores rurais, vêm trazendo prejuízos à categoria,
“Ocupar o Incra torna-se uma necessidade dentro da conjuntura nacional, uma vez que o instituto vem se transformando em balcão para negociatas da lógica do governo Temer ao invés de ser um agente executor da reforma agrária”, diz o MST, em nota.