Mais segurança

MPF recomenda ao Dnit ativação emergencial de passarelas e melhoria na iluminação pública no trecho da BR-230 entre Cabedelo e João Pessoa

De acordo com o MPF, as obras da triplicação da BR-230 resultaram em uma série de problemas que expõem motoristas e pedestres a riscos concretos de acidentes.

MPF recomenda ao Dnit ativação emergencial de passarelas e melhoria na iluminação pública no trecho da BR-230 entre Cabedelo e João Pessoa

Foto: Divulgação/MPF

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) adoção de medidas emergenciais para corrigir falhas graves de segurança no trecho da BR-230 entre Cabedelo e João Pessoa. O órgão determinou um prazo de 15 dias para que reparos sejam executados, incluindo a instalação de sinalização adequada, a construção ou ativação emergencial de passarelas e a solicitação de melhorias na iluminação pública.

De acordo com o MPF, as obras de triplicação da rodovia, iniciadas em 2017 e nunca concluídas, resultaram em uma série de problemas que expõem motoristas e pedestres a riscos concretos de acidentes.

“A situação exige soluções imediatas. Não se trata apenas de descuido administrativo, mas de um risco concreto e iminente à vida de milhares de pessoas que utilizam diariamente a BR-230. Se acidentes ocorrerem em decorrência dessa omissão, os gestores poderão responder, inclusive por dolo eventual. É preciso agir com urgência para evitar novas tragédias”, afirmou o procurador da República João Raphael Lima Sousa.

Conforme observou o ClickPB, entre as irregularidades listadas pelo MPF estão buracos, desníveis, falhas de drenagem, desvios improvisados, ausência de passarelas e iluminação precária nos bairros de Intermares, Renascer e Jacaré, em Cabedelo.

Escuridão na BR-230, em Cabedelo. (foto: Joaquim Neto)
Escuridão na BR-230, em Cabedelo. (foto: Joaquim Neto)

De acordo com o MPF, a proximidade da alta estação turística e a realização de eventos de grande porte agravam a situação, pois devem intensificar o fluxo de veículos e pedestres na rodovia, ampliando o risco de congestionamentos e acidentes fatais.

Após o prazo de 15 dias, a ausência de resposta do Dnit será considerada recusa tácita ao cumprimento, com todas as consequências jurídicas aplicáveis.

No documento, o MPF alerta que a omissão dos gestores poderá gerar responsabilização criminal, civil e administrativa. No âmbito penal, destacou-se a possibilidade de enquadramento no chamado dolo eventual em decorrência de acidentes relacionados às falhas constatadas na rodovia.

Além disso, o descumprimento da recomendação pode vir a acarretar indenizações por danos materiais e morais, além de sanções administrativas ao órgão responsável.

COMPARTILHE

Bombando em Paraíba

1

Paraíba

Homem suspeito de jogar companheira de terceiro andar de edifício é preso; vítima segue internada

2

Paraíba

Idoso morre ao ser atropelado por caminhão tanque em posto de Patos

3

Paraíba

Quatro investigados por sequestro e extorsão de empresário em Jacumã são presos

4

Paraíba

Após casos de violência, Paraíba terá projeto para garantir mais segurança para mulheres em transporte por aplicativo

5

Paraíba

Homem que confessou ter matado mulher em shopping de João Pessoa é condenado a mais de 40 anos de prisão