Dados

Ocupação no comércio atacadista registra alta de mais de 20% na Paraíba, aponta IBGE

De acordo com a Pesquisa Anual do Comércio (PAC), a taxa de ocupação verificada em 2023 é a maior já registrada desde 2014.

Imagem ilustrativa. (foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil) emprego sine

Imagem ilustrativa. (foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A ocupação no comércio atacadista registrou alta de mais de 20% na Paraíba, como apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (7).

Conforme observou o ClickPB, havia 24.228 pessoas empregadas no setor em 2023, o que representa um acréscimo de 21,7% (mais 4.318 pessoas) em relação a 2014, quando o total de trabalhadores formais do segmento era de 19.910 pessoas.

Também de acordo com a Pesquisa Anual do Comércio (PAC), a taxa de 2023 é a maior já registrada desde 2014. Comparado ao período pré-pandemia, em 2019, houve um aumento expressivo de 32,2% (5.901 pessoas a mais).

Já em relação a 2022, a alta foi de 14,1% (mais 2.985 pessoas), bem superior à média nacional (5,8%). Na participação no total de empregos do comércio estadual, o segmento atacadista, que de 2014 a 2019 (pré-pandemia) caiu 1,3 ponto percentual, passando de 16,4% para 15,1%, passou a responder, em 2023, por 18,8% desse total, um ganho de 2,4 pontos percentuais em dez anos e de 3,7 pontos percentuais em relação ao período pré-pandêmico.

Salários

Em 2023, as 24.228 pessoas que trabalham no atacado da Paraíba receberam 23,9% do valor total de salários, retiradas e outras remunerações do comércio estadual, o que corresponde ao valor total de R$ 782,2 milhões.

Essa participação é a mais elevada no período de dez anos considerado. Em relação a 2014 (22,4%) e 2019 (19,8%), respectivamente, houve aumento de 1,5 ponto percentual e de 4,1 pontos percentuais, na participação do segmento atacadista no valor total obtido pelos trabalhadores do comércio. Comparado a 2022 (21,7%), a alta foi de 2,2 pontos percentuais.

O comércio atacadista paraibano também se destaca pelo salário médio pago a seus trabalhadores em 2023, equivalente a 1,9 salário mínimo, que foi o mais elevado entre os segmentos do setor comercial do estado.

Em 2023, havia 2.163 unidades locais de empresas de comércio por atacado na Paraíba. Comparando esse número com o registrado em 2014 (1.766 unidades locais), observa-se um crescimento de 22,5% (mais 397 unidades locais), em dez anos.

No comparativo com 2019 (pré-pandemia), quando havia 1.860 unidades locais do segmento, a variação também foi positiva, de 16,3% (303 a mais). Já em comparação com o ano de 2022 (2.283 unidades locais), houve uma redução de 5,3% (120 a menos) nesse indicador do atacado estadual.

A análise da evolução da participação do segmento atacadista no total de unidades locais comerciais do estado mostra que também houve avanços nos comparativos entre 2023 e 2014, quando passou de 7,4% para 9,2% (1,8 ponto percentual) e entre 2023 e 2019, de 8,9% para 9,2% (0,3 ponto percentual). Porém, comparado a 2022, houve redução de 0,5 ponto percentual, caindo de 9,7% para 9,2%.

Foto: divulgação/IBGE

Comércio paraibano ganha participação na receita bruta de revenda do setor comercial do Nordeste

Em 2023, a receita bruta de revenda de mercadorias do comércio paraibano foi de R$ 79,6 bilhões. Esse valor aponta para um ganho de participação de 0,4 ponto percentual do indicador estadual no âmbito do Nordeste, que subiu de 6,7% para 7,1%, entre 2013 e 2022.

Entre todas as unidades da federação, o setor paraibano ficou com a 11ª menor receita, enquanto no cenário nordestino foi a 5ª maior, acima das observadas nos estados de Sergipe, Alagoas, Piauí e Rio Grande do Norte.

Do montante total da receita do comércio paraibano em 2023, o varejo respondia por cerca de 50,1% (R$ 39,9 bilhões), registrando perda de participação de 2,5 pontos percentuais em relação a 2014 (52,6%).

O comércio de veículos, peças e motocicletas também perdeu participação no período de dez anos, caindo de 10,6%, em 2014, para 9,5% (R$ 7,6 bilhões), em 2023. Já o segmento de atacado obteve um ganho de participação de 3,6 pontos percentuais, passando de 36,8% para 40,4% (R$ 32,1 bilhões), respectivamente.

Setor comercial da Paraíba apresentou variação de 5,9 % no total de pessoal ocupado, em 10 anos

Em dez anos, a Paraíba teve um aumento de 5,9% na quantidade total de pessoas ocupadas no comércio, que partiu de 121.378, em 2014, e subiu para 128.573 pessoas ocupadas, em 2023. Em relação a 2022, quando esse total era de 130.044 pessoas ocupadas, houve recuo no indicador, de 1,1%.

O segmento que apresentou maior crescimento, tanto em termos absolutos quanto relativos, foi o comércio por atacado, que passou de 19.910 pessoas ocupadas, em 2014, para 24.228, em 2023, uma variação de 21,7%. Em relação a 2022 (21.243 pessoas), a alta foi de 14,1%.

O comércio de veículos, peças e motocicletas também cresceu em relação a 2022, passando de 10.646 para 11.715 pessoas ocupadas, em 2023, o que representa um crescimento de 10% em um ano. No comparativo com 2014 (10.743 pessoas), houve igualmente alta, de 9%.

Já o comércio varejista, embora continue sendo o principal empregador do setor, apresentou uma queda de 5,6% no número de pessoas ocupadas, que retrocedeu de 98.155 no ano anterior, para 92.630 em 2023. Quando comparado a 2014 (90.725 pessoas ocupadas), houve aumento (2,10%), mas bem menor que os observados nos outros segmentos.

Em termos relativos, o comércio varejista teve uma perda de participação de 2,7 pontos percentuais, recuando de 74,7% do total de pessoas ocupadas no comércio estadual em 2014, para 72% em 2023.

Por outro lado, o comércio por atacado aumentou sua representatividade de 16,4% para 18,8% (2.4 p.p.), no mesmo intervalo de tempo, mantendo-se como o segundo segmento com maior ocupação no setor. Já o segmento de veículos, peças e motocicletas apresentou uma variação positiva menor, passando de 8,9% para 9,1% de participação no total de pessoas ocupadas no setor.

Massa salarial do comércio paraibano representa apenas 0,9% do total nacional

Em relação aos salários, retiradas e outras remunerações no setor do comércio, a Paraíba apresentou gastos de R$ 3,28 bilhões em 2023, o que representa uma participação 6,8% do comércio da região Nordeste (R$ 48,55 bilhões) e 0,9% do total nacional (R$ 352,66 bilhões). Na comparação regional, o estado ocupa a quinta posição em participação, atrás da Bahia (27,7%), Pernambuco (20,5%), Ceará (14,7%) e Maranhão (9,1%).

Em relação aos segmentos do comércio da Paraíba, a distribuição percentual ao longo do tempo mostra uma redução do varejo. Em 2014, o comércio varejista concentrava 66,3% da massa salarial do comércio paraibano; já em 2023, essa participação recuou para 65,5%, uma variação de -0,8 p.p.

O segmento de veículos, peças e motocicletas também apresentou queda de participação, passando de 11,3% em 2014 para 10,6% em 2023 (-0,7 p.p.). No sentido oposto, o comércio por atacado ampliou sua contribuição de 22,4% para 23,9%, no mesmo período (1,5 p.p.).

Em 2023, o salário médio mensal pago pelas empresas comerciais na Paraíba foi de 1,5 salários mínimos, similar à média regional. Ao analisar por segmento do comércio, observa-se que a melhor remuneração foi registrada no comércio por atacado, com média de 1,9 salários mínimos, seguido pelo comércio de veículos, peças e motocicletas, com 1,7 salários, enquanto o comércio varejista apresentou o menor valor, com 1,4 salários mínimos.

No Brasil, a média salarial foi superior, alcançando 2,0 salários mínimos mensais. Essa diferença se torna mais evidente no comércio por atacado, que, embora registre 1,9 salários na Paraíba e no Nordeste, atinge 2,9 salários em média no Brasil.

Número de unidades locais comerciais cai 1,8% em 10 anos, na Paraíba

Entre 2014 e 2023, o número total de unidades locais comerciais com receita de revenda na Paraíba passou de 23.894 em 2014 para 23.464 em 2023, o que representa uma retração de -1,8% no período. A série histórica apresentou oscilações ao longo dos anos, atingindo o menor número em 2019, com 20.787 unidades locais, e alcançando o pico em 2021, com 24.460 unidades locais.

O comércio de veículos, peças e motocicletas teve expansão de 18,1% em dez anos, subindo de 1.783 para 2.106 unidades locais. O comércio por atacado teve crescimento ainda maior, de 22,5%, passando de 1.766 para 2.163, entre 2014 e 2023. Por sua vez, o comércio varejista registrou recuou de 5,7% nesse indicador, que caiu de 20.345 para 19.195, no mesmo período.

Em termos relativos, o comércio varejista manteve-se como representante da maior parcela das unidades locais comerciais, embora tenha perdido 3,3 p.p. em sua participação, que passou de 85,1% em 2014, para 81,8% em 2023.

No mesmo período, os demais segmentos obtiveram ganhos de participação, o comércio por atacado avançando 1,8 p.p., de 7,4% para 9,2%; enquanto o comércio de veículos, peças e motocicletas teve alta de 1,5 p.p., de 7,5% para 9,0%.

*Com IBGE

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