
O padre George Batista, atual diretor do instituto São José, que dirige o Hospital Padre Zé, em João Pessoa, revelou em entrevista ao jornalista Clilson Júnior, que existe um pedido de antecipação de alguns bens do padre Egídio para quitar as dívidas com a Caixa Econômica Federal.
Durante o 20 minutos com Clilson, padre George disse que “entramos em contato com o desembargador Márcio Murilo, vamos agora entrar em contato com o desembargador Ricardo Vital e nós vamos conversar. A nossa proposta é a antecipação de alguns bens para pagar essa dívida junto à Caixa Econômica. Nós vamos passar dez anos pagando ali R$ 280 mil, R$ 300 mil mensal”.
Essa dívida do Hospital Padre Zé com a Caixa Econômica é fruto de um empréstimo que foi feito durante a gestão do padre Egídio de Carvalho. O padre Egídio atualmente está preso devido a investigações de irregularidades na gestão e desvios de recursos públicos e privados que seriam destinados ao Hospital Padre Zé. Ele dirigiu o Hospital Padre Zé até a deflagração da Operação Indignus.
As parcelas do empréstimo começaram a ser cobradas agora no fim de 2024, após a nova gestão conseguir um adiamento. O padre George fala do pagamento com uma metáfora: “veja bem, fizeram uma festa e chegaram com os gastos dessa festa. Só que eu não fui convidado”. Até o momento não há informações concretas sobre como teria sido gasto esse dinheiro.
O diretor do Hospital Padre Zé explica ainda que “nós arrecadamos mensalmente R$ 1,1 milhão. E mensalmente o hospital gasta R$ 1,5 milhão ou R$ 1,6 milhão. Esse buraco de R$ 400 mil são com as emendas parlamentares”. Ele disse ainda que o governador João Azevêdo vai iniciar mais um repasse mensal de R$ 250 mil que vai ajudar a unidade de saúde a “respirar”.