Justiça

Prefeito de Cabedelo admite ter barrado aprovados em concurso, alega falta de especialização e vai recorrer de decisão da Justiça

Vitor Hugo acrescenta que respeita a decisão da Justiça e que a Prefeitura de Cabedelo já cumpriu com a determinação da Justiça.

Prefeito de Cabedelo admite ter barrado aprovados em concurso, alega falta de especialização e vai recorrer de decisão da Justiça

Vitor Hugo acrescenta que respeita a decisão da Justiça, mas que irá recorrer. — Foto:Reprodução

O prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo, admitiu ter barrado o exercício do trabalho dos médicos aprovados no concurso público realizado pela prefeitura. Como acompanhou o ClickPB, o gestor alega que os médicos ginecologistas não têm especialização para atuar na área e informa que a procuradoria irá recorrer das decisões judiciais que determinam a posse dos profissionais.

“O concurso público foi realizado para preenchimento das vagas voltadas para médicos  especialistas. Quatro médicos lograram êxito no certame, contudo não apresentaram e não  possuem o RQE (Registro de Qualificação Especializada) em obstetrícia e ginecologia,  conforme consulta feita ao CRM/PB – Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba”, alega o prefeito em nota.

Vitor Hugo acrescenta que respeita a decisão da Justiça, mas que irá recorrer. “A Prefeitura de Cabedelo respeita a decisão judicial e já cumpriu com a determinação. Por fim, a Procuradoria entrará com um recurso, já que a contratação visa mão de obra  especializada para as funções de ginecologia e obstetrícia e não de clínico geral”, ressalta.

Entenda 

A juíza Flávia da Costa Lins Cavalcanti decidiu, nesse domingo (12), bloquear as contas da Prefeitura da cidade. No sábado (11), a magistrada havia dado o prazo de 24 horas para que a Prefeitura de Cabedelo cumprisse decisão judicial que determinou posse imediata de dois médicos aprovados no concurso público do município, mas que haviam sido impedidos de ocupar o cargo.

Segundo a decisão, a falta desses médicos causa a possibilidade de fechamento do hospital municipal de Cabedelo, o que justificou a liminar concedida num sábado pela manhã, considerando a justificada urgência. Caso a prefeitura continue sem cumprir a medida em 24 horas, a justiça vai bloquear as contas pessoais do prefeito e ele ainda poderá ser preso.

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