Sagres

Prefeitura de Cajazeiras gasta quase R$ 2 milhões em contratos com empresa ‘ficha suja’

De acordo com as informações da sanção contidas no Portal da Transparência, a empresa foi proibida de contratar com o serviço público a partir do dia 13 de maio deste ano.

Prefeitura de Cajazeiras gasta quase R$ 2 milhões em contratos com empresa 'ficha suja'

Prefeitura de Cajazeiras já gastou quase R$ 2 milhões em contratos com a Maxicasa — Foto:Reprodução

Uma empresa que foi considerada inidônea e está proibida de contratar com todas as esferas em todos os poderes públicos continua prestando serviços para algumas prefeituras paraibanas, como Cajazeiras, Marizópolis e Assunção. A Maxicasa Comércio Construções e Serviços LTDA foi considerada inidônea por não ter cumprido integralmente um contrato com a Prefeitura de Governador Dix-Sept Rosado, no Rio Grande do Norte.

De acordo com as informações da sanção contidas no Portal da Transparência, a empresa foi proibida de contratar com o serviço público a partir do dia 13 de maio deste ano e deve permanecer assim até 12 de maio de 2022. O sistema Sagres Online do Tribunal de contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), porém, mostra diversos empenhos da Prefeitura de Cajazeiras para a empresa após essa data.

Só a Superintendência Cajazeirense de Trânsito realizou três empenhos para a Maxicasa, em junho, julho e setembro deste ano, totalizando R$ 35.200. A Prefeitura de Cajazeiras realizou 20 empenhos após a data de suspensão da empresa, totalizando R$ 1,196 milhão.

De acordo com os empenhos, a Maxicasa realiza serviços dos mais diversos, como reformas, construções, pavimentação, instalação de lombadas e gelos baianos, entre outros. A empresa está inclusive construindo um cemitério em Cajazeiras. 

Em Marizópolis, a empresa foi paga para reformar e ampliar o estádio municipal Lauro Vieira da Silva, entre outros serviços. Já em Assunção, a empresa atua principalmente na pavimentação de ruas e já recebeu quase R$ 500 mil em pagamentos da Prefeitura Municipal. 

Chama a atenção o fato de que o Sagres só tem pagamentos registrados para a Maxicasa pela Prefeitura de Assunção a partir de junho deste ano, ou seja, depois que a empresa já havia sido considerada inidônea devido ao caso no Rio Grande do Norte.

O superintendente da Controladoria Geral da União (CGU) na Paraíba, Severino Queiroz, informou ao ClickPB que se os contratos das prefeitura forem anteriores à decisão, eles não são automaticamente cancelados. A prefeitura fica apenas impedida de renová-los. O gestor pode optar, porém, por rescindir o contrato, justificando que a empresa foi considerada inidônea. Severino Queiroz garantiu ainda que irá investigar se há alguma irregularidade nos contratos entre a empresa e as prefeituras citadas.

Sem resposta – A reportagem do ClickPB tentou contato com as prefeituras citadas para esclarecimentos, mas os telefones não foram atendidos.

COMPARTILHE

Bombando em Paraíba

1

Paraíba

Pollyanna Dutra enfatiza importância do protagonismo feminino nos espaços de poder na Paraíba: “É necessário que as mulheres ocupem cargos sociais e políticos no Estado”

2

Paraíba

Prefeitura de Remígio vai gastar quase R$ 250 mil com shows na festa de aniversário da cidade

3

Paraíba

Ministério da Saúde divulga lista com 13 cidades paraibanas que devem receber vacina da dengue; veja municípios

4

Paraíba

Pré-campanha ilegal pode causar multa e até cassação do mandato, alerta especialista

5

Paraíba

Prefeitura de Alagoa Nova vai torrar quase R$ 600 mil em shows para Festa do Produtor Rural