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O promotor do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Alexandre Jorge Nóbrega, disse nesta quarta-feira (28), que a manipulação do canabidiol não será afetada pela investigação na ABRACE.
Conforme observou o ClickPB, em entrevista concedida ao Programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM, o promotor explicou que a atividade desenvolvida pela instituição traz a cura para pacientes que dependem da substância.
“O MP obviamente tem que agir com bom senso. A atividade desenvolvida pela ABRACE, com a manipulação do canabidiol, é uma atividade que cura pacientes, ela traz a cura. Imagine uma criança que depende do remédio que tem por dia, por exemplo, 10, 20 convulsões. E com uso do canabidiol, passa a não ter nenhuma. Então, é um remédio que cura”, destacou o promotor.
De acordo com Alexandre Jorge, o objetivo do MP é retirar os dirigentes da instituição, que vem administrando os patrimônios de forma indevida.
“Jamais o MP queria tensionar a extensão dessa entidade, pelo contrário. Queríamos tirar as pessoas que estão direcionando mal os destinos do patrimônio dessa entidade, para efetivamente colocar alguém que possa reestruturar a entidade e colocar regras, padrões de integridade conforme seu estatuto e na condução dessa entidade. A nossa missão e pretensão é exatamente uma reestruturação para devolver a ABRACE a uma condução regular, de acordo com a legislação que guia e norteia o terceiro setor”, afirmou Alexandre Jorge.
Entenda
O Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB), por meio da 40ª Promotoria de Justiça da Capital, ajuizou Ação Civil Pública com pedido de tutela de urgência para destituir os dirigentes da Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança – ABRACE, entidade reconhecida nacionalmente pela manipulação e fornecimento de produtos medicinais à base de cannabis.
A ação é resultado de um extenso procedimento investigatório, iniciado a partir de denúncias internas e fundamentado em provas técnicas e testemunhais que apontam para uma gestão marcada por centralização de poder, nepotismo, desvio de recursos e completa ausência de transparência.
Segundo o MP, o comando da entidade é exercido de forma pessoal e absoluta por Cassiano Ricardo Teixeira Gomes, Diretor Executivo da associação, que teria promovido contratações de empresas de sua própria titularidade, desviado bens para uso privado e utilizado funcionários e estruturas da entidade em benefício próprio.