As Secretarias de Saúde do Estado e do município de Conde, no litoral da Paraíba, farão a busca ativa de possíveis novos casos de malária, após a notificação, no último dia 29 de março, de uma moradora de Conde, de 35 anos, diagnosticada com a doença. As ações já executadas no município tiveram como foco o controle do vetor e a investigação epidemiológica, para evitar o surgimento de novos casos.
O Hospital Universitário da Universidade Federal da Paraíba conduziu o caso e após solicitação e recebimento dos exames laboratoriais obteve confirmação da amostra positiva para Malária. Diante da notificação, a equipe técnica da Vigilância Ambiental e Epidemiológica da SES junto com a Secretaria Municipal de Conde, traçaram as estratégias para condução e controle da situação apresentada.
No estado da Paraíba de 1994 a 2018 foram notificados 175 casos suspeitos de Malária. Destes, 70 são de pacientes residentes na Paraíba e todos foram registrados como casos importados, ou seja, pessoas que se deslocaram para regiões endêmicas, foram infectadas e retornaram para o estado de residência. Nenhum óbito foi registrado.
O caso em questão é o primeiro notificado na Paraíba em 2019, sendo este autóctone e sem histórico de transfusão sanguínea. O protozoário identificado no exame da paciente foi o Plasmodium Vivax, este sendo considerado o de menor patogenicidade em comparação aos demais.
De acordo com a secretaria, a Paraíba não é área endêmica para a doença, porém possui quatro espécies de vetores do gênero anophelis: Anophelis aquasalis; An. albitarsis; An.bellator e An. Argyritarsis
Algumas das ações já executadas no município tiveram como foco o controle do vetor e a investigação epidemiológica a partir do caso já notificado. Desta forma vários outros encaminhamentos em conjunto ( SES e município) estão sendo realizados para investigação de possíveis casos secundários. Dentre elas:
1) Levantamento de dados e exames da paciente junto ao Hospital que realizou a notificação;
2) Visita domiciliar para levantamento de informações e investigação sobre sintomatologia dos comunicantes.
3) Disponibilização de testes rápidos para malária pelo LACEN-PB para triagem e avaliação dos casos suspeitos que surgirem no município.
4) Disponibilização de medicamento pela SES para tratamento presuntivo de acordo com clínica sugestiva para o agravo.
5) Pulverização com inseticida de efeito residual do local de residência e de adjacências no endereço do caso positivo, como ação de combate ao vetor;
6) Utilização UBV costal e pesado no território após discussão junto a vigilância ambiental do município.
7) Busca ativa de possíveis novos casos no litoral do Conde.