A falta de etanol em alguns postos de gasolina de João Pessoa é gerada pela insuficiência de logística das distribuidoras. É o que explica o presidente executivo do Sindicato das Indústrias de Fabricação de Álcool da Paraíba – Sindalcool, Edmundo Barbosa. Em entrevista exclusiva ao Portal ClickPB, ele revelou que a falha acontece no momento de distribuição do combustível, quando os caminhões ficam parados com o carregamento pelo atraso no pagamento dos impostos do frete e do produto, o ICMS.
“Sabemos que o problema é gerado na distribuição. Os caminhões apesar de abastecidos ficam horas e mais horas impossibilitados de seguir viagem até os postos de gasolina, devido ao atraso das distribuidoras, que não fazem o pagamento dos impostos do ICMS sobre o transporte e do produto. O imposto demora a ser recolhido, o motorista já poderia chegar no destino dele, mas fica esperando, o que gera atraso e o pior é que muitas vezes a distribuidora quer transferir esse custo para a usina. Essa demora é justamente a causa de todo o problema”, explicou.
O presidente ainda ressalta que a Paraíba é autossuficiente quando o assunto é produção de etanol. “Não há falta de Etanol na Paraíba, pode haver em alguns postos, mas nas usinas nos temos hoje disponíveis mais de 58 milhões de litros para atendimento do mercado local”, explicou.
Ainda de acordo com ele, as falhas com esse tipo de situação só vai melhorar quando houver pressão para sanar o problema. “A pressão é sempre saudável para que essas falhas sejam corrigidas e não prejudiquem o consumidor”, ressaltou.
Para justificar o crescimento na procura dos consumidores pelo etanol, Edmundo ressalta que em 2018 o consumo cresceu cerca 70% em relação ao mesmo período de 2018. “Estamos vivendo um momento muito bom para o mercado de etanol. O consumidor está esclarecido e sabe da questão ecológica que envolve o consumo consciente, pois sabe dos malefícios de respirar um ar poluído. O consumidor além de preço, quer um produto de qualidade. E por isso sabemos que a demanda cresce cada vez mais na procura pelo etanol.”