Vereador denuncia caos na saúde em Cacimba de Dentro e diz que dinheiro gasto com shows amenizaria alguns problemas da cidade

A contratação do show do cantor Xand Avião pela Prefeitura da cidade Cacimba de Dentro, interior da Paraíba para a comemoração do aniversário da cidade continua repercutindo. O vereador de oposição ao prefeito Nelinho Costa (Cidadania), Neto de Baíca (PMB) denunciou que a cidade tem diversos problemas que poderiam se amenizados com o dinheiro usado para pagar o cachê do artista.

• Em meio a escândalo de cachês milionários, Cacimba de Dentro contrata show de Xand Avião que pode custar R$ 400 mil para inaugurar obra
• Procuradora Janaína Andrade adverte prefeitos da Paraíba que “valor a ser pago pelos shows deve ser analisado” no período de São João
• Cantora Taty Girl fatura R$ 462 mil com shows contratados por prefeituras na Paraíba
• Calcinha Preta fatura R$ 870 mil em três meses de shows contratados por prefeituras na Paraíba

“A situação está preocupante aqui.  O povo sofrendo e o Prefeito fazendo um gasto enorme desse. O lixo tomando conta da cidade, crianças pedindo comida nas portas, remédios controlados na farmácia básica não tem. Não pode contratar uma banda nesse valor e uma mulher demorar seis meses para receber o resultado de um exame citológico” relatou o parlamentar.

O vereador lamenta que no momento seja inviável intervir de alguma forma, ou mesmo instalar uma CPI para investigar o caso. “O prefeito tem oito vereadores, nós (oposição) temos apenas três. Ele manipula no dinheiro, a gente tenta barrar, mas ele se acha acima da lei”, reclamou.

Em entrevista aoClickPB, o vereador relatou vários problemas pelos quais a cidade vem passando no momento. Um dos gargalos da cidade é mesmo a questão saúde pública que não tem profissionais e muito menos equipamentos considerados básicos. “Não sou contra festa nenhuma, por mim traria até Roberto Carlos, mas não é o momento apropriado. Sou contra ver uma pessoa sofrer numa fila por uma cirurgia. Não se pode contratar uma banda com esse cachê e e faltar remédio. A festa dura duas horas, mas a fome é diária”.