Depoimento

Viúva do taxista Paulo Damião, assassinado em 2019, chama acusado de ‘monstro’ em julgamento: “tirou a vida como quem mata uma barata”

Francisca Santos Alves também revelou que desde a morte do marido recebe ligações anônimas de pessoas oferecendo dinheiro.

Viúva do taxista Paulo Damião, assassinado em 2019, chama acusado de 'monstro' em julgamento: "tirou a vida como quem mata uma barata"

Julgamento de Gustavo Correia no Fórum Criminal de João Pessoa. — Foto:Reprodução

A senhora Francisca Santos Alves, viúva do taxista Paulo Damião, assassinado em fevereiro de 2019 após uma discussão no estacionamento de um supermercado em João Pessoa, deu depoimento na manhã desta quarta-feira (23) no Fórum Criminal durante o julgamento do corretor de imóveis Gustavo Correia, acusado do crime.

De acordo com Francisca, Paulo era uma pessoa pacífica e que ele não conhecia o corretor até o momento do crime. Emocionada, ela narrou os detalhes do dia e diz que soube do fato apenas à noite quando chegou em casa. Segundo Francisa, apenas um “monstro” poderia ter feito isso ao marido. 

“O relato que a gente teve é o que estava na TV: é ele [Gustavo] tirando a vida do meu marido como quem estivesse matando uma barata”, disse.

“O que eu sei é que meu marido era um cidadão de bem, cuidava dos filhos. Era um pai muito amoroso e um filho muito bom. Ele não gostava de confusão. Pelo contrário, era a alegria da família. A gente tinha Natal, Ano Novo e São João, tudo organizado por ele. Hoje, não temos nada”, acrescentou.

A viúva destacou que a situação financeira da família caiu bastante com a ausência do marido e revelou que recebe ligações anônimas de pessoas oferecendo dinheiro, mas que nunca aceitou os ofertas. “Eu só desligo o telefone porque eu sei que dinheiro não cai do céu”, afirmou.

Confira a transmissão do julgamento de Gustavo Correia:

Caso Paulo Damião

O crime aconteceu em frente ao supermercado Bem Mais no dia 15 de fevereiro de 2019. Na época, segundo a polícia, Gustavo desceu do carro no qual estava e foi discutir com o taxista. Ele teria se irritado com o condutor do táxi supostamente pela demora em uma manobra.

Depois dos disparos, o homem saiu caminhando até sua casa, onde permaneceu trancado. Com a chegada dos policiais ao local, foi iniciada uma negociação com a esposa dele, que é advogada. O suspeito se entregou às 21h30, após quatro horas do crime ter sido cometido.

O momento do crime chegou a ser registrado por câmeras de segurança. Gustavo Teixeira Correia é réu por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima. Ele também vai ser julgado por porte ilegal de arma.

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