Operação Gabarito

Delegado pretende pedir quebra dos sigilos bancário e telefônico dos suspeitos de fraudes

O delegado de Defraudações e Falsificações de João Pessoa, Lucas Sá, afirmou na manhã desta segunda-feira (15) que irá pedir à Justiça a quebra dos sigilos telefônico e bancário dos suspeitos de integrar a organização criminosa que fraudava concursos. A intenção da quebra de sigilo é prosseguir as investigações e até identificar novos envolvidos na quadrilha e nas fraudes aplicadas em concursos públicos.

“Apreendemos todo o banco de doados dessa organização criminosa. Muitos computadores foram apreendidos, os celulares deles foram imediatamente retirados de seu poder e são muito importantes essas informações que a gente ainda não tem”, ressaltou o delegado Lucas Sá. Na quebra do sigilo bancário devem ser investigadas as movimentações financeiras entre contas para investigar pagamentos que possam ter sido efetuados.

Todas as informações levantadas pela quebra do sigilo serão analisadas pela Polícia Científica. “Essas provas serão importantes também para vincular outros candidatos, outros membros e dessa maneira a gente vai chegar também a mais pessoas”, explicou o delegado.

Lucas Sá ainda revelou que, de acordo com as investigações até o momento, “os líderes principais, há pelo menos 12 anos eles já vinham atuando em concursos de vários estados”. Os envolvidos nas fraudes devem responder por organização criminosa, cuja pena vai de três a dez anos de reclusão, além das fraudes em concurso público. O delegado Lucas Sá ainda apontou que “para cada concurso fraudado eles podem pegar até quatro anos de prisão. Só que a gente só vai indiciar por fraudes nos concursos na Paraíba”.

Em relação aos concursos federais e de outros estados, as provas serão encaminhadas para cada instituição responsável, que deverá instalar os devidos processos e investigar os casos, “até porque provas importantes devem ser coletadas em cada estado”, explicou o delegado.

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