Os mais de 300 kg de entorpecentes que estavam sendo transportados por um servidor da Prefeitura de João Pessoa, em uma Kombi com adesivos da Seman-JP, estão avaliados em quase R$ 900 mil. De acordo com o delegado de Crimes Contra o Patrimônio, Aldrovilli Grisi, a droga apreendida com os quatro suspeitos presos, na noite dessa terça-feira (24), veio do estado do Rio Grande do Norte e pertence a uma organização criminosa extremamente organizada que atua na Capital.
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Aldrovilli Grisi explicou, durante entrevista nesta quarta-feira (25), que a organização criminosa é liderada por Diego de Oliveira Rodrigues, 22 anos, que foi preso, ontem, juntamente com o servidor da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) de João Pessoa, Daniel Teixeira de Andrade, 25 anos; com Ismael Simplício Maximiano Coelho, 23 anos, e Alexandre Batista da Silva, 29 anos, esse natural do estado do Rio de Janeiro e integrante do Comando Vermelho (CV).
Segundo o delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos da Capital, Marcos Paulo Vilela – que também participou da operação, Diego Rodrigues responde a três inquéritos policiais, dos quais dois contra o Patrimônio. O suspeito é investigado em vários assaltos na Grande João Pessoa, dentre os quais um que foi noticiado pela imprensa paraibana: o sequestro da gerente de uma Casa Lotérica no município de Lucena, do qual Diego conseguiu fugir do cerco policial.
Diego Rodrigues (vermelho), Daniel Andrade (cinza), Ismael Simplício (listrado) e Alexandre Silva (preto) serão encaminhados para o Presídio do Róger (Foto: Walla Santos)
A operação – Na coletiva, o delegado Aldrovilli Grisi afirmou que a polícia chegou até a organização através de uma denúncia anônima e comentou a atuação de cada integrante da organização preso ontem. “Ontem recebemos informações de que Diego estaria em um veículo para realizar um crime. Nós não sabíamos que ele iria receber uma entrega de drogas”, disse o delegado, acrescentando que, com as características do veículo (Kombi da PMJP), foi-se montado um cerco no bairro de Mangabeira, Zona Sul da cidade, que resultou nas prisões.
“Fechamos todas as saídas do bairro com os nossos veículos descaracterizados e na saída do bairro José Américo, especificamente, em frente ao Centro Administrativo da Prefeitura Municipal de João Pessoa, identificamos e abordamos o veículo”, detalhou o delegado. Na oportunidade foram presos Diego Rodrigues e o motorista da PMJP, Daniel Andrade. Com eles foram apreendidos 129 tabletes de uma substância semelhante com maconha.
Veículo Oficial – Toda a droga apreendida seria transportada pelo servidor da Semam, Daniel Andrade, no veículo oficial que ficava em poder do motorista, inclusive, durante a noite. “Daniel alegou que foi convidado por Diego para buscar camisas em Mangabeira. Mas a polícia tem informações de que Daniel tinha a rotina de trabalhar para Diego e sabia que ele era um criminoso”, disse o delegado.
Com a prisão do líder da organização e do motorista da PMJP, a polícia conseguiu chegar a uma residência no bairro de Mangabeira II, próximo à Josefa Taveira, na qual a droga era guardada. Lá foi preso o suspeito Alexandre Batista. Na oportunidade, segundo a Polícia, Alexandre já se preparava para esconder a droga na Comunidade do Aratu, prevendo uma intervenção policial. No local foram apreendidos 129 tabletes da mesma substância semelhante com a maconha. Em seguida, o grupo foi conduzido até a residência de Alexandre, em Mangabeira VIII, onde foi apreendido o restante das drogas.
Segundo a Polícia Civil, ao todo foram cerca de 300 kg de maconha, 4kg de cocaína, uma quantidade de munições calibre 380, quatro veículos (a Kombi da PMJP, um Fiat Strada e duas motos), além de uma balança digital. O material foi analisado pelo Instituto de Polícia Científica.
De acordo com o delegado de Crimes Contra o Patrimônio, Aldrovilli Grisi, os suspeitos vão participar de audiência de custódia para em seguida serem encaminados para o Presídio do Róger, na Capital.
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