
Greve da UEPB completa 45 dias e sindicato defende criação de mesa de negociação tripartite (foto: divulgação/UEPB)
Um novo concurso da Universidade Estadual da Paraíba está previsto para ocorrer ainda em 2026. Em entrevista ao Portal ClickPB, nesta sexta-feira (5), a presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba, Cristiane Nepomuceno, explicou que a realização de um novo certame é necessária diante a demanda por novos docentes aos quadros da instituição.
Segundo a liderança sindical, entre as propostas enviadas pelo governo no novo acordo com a categoria está a realização de um novo concurso público para o segundo semestre de 2026, que era uma das reinvindicações do comando de greve.
Ainda segundo Nepomuceno, atualmente ainda falta a contratação de 21 professores que foram aprovados no concurso de 2023, de um total de 100 que já foram contratados. A instituição possui quase 400 docentes substitutos. “Nós temos um edital previsto para o segundo semestre com 50 vagas para professores e técnicos”, destacou.
Professores da UEPB chegam a acordo e encerram greve após mais de 60 dias
“O mais importante de toda as negociações feitas durante a greve é que o que a gente sempre sonhou, o concurso por banco de equivalência foi acordado. Hoje, a realidade é que qualquer situação de professor aposentado, transferido ou que morre, a Universidade contratava um professor substituto. Com essa conquista, passa a ter concurso para suprir essa vaga que fica. Outra conquista também foi a instalação de uma mesa permanente de negociação com o estado, pois toda negociação com a reitoria esbarra com o financeiro que é responsabilidade do Estado. A questão das perdas inflacionárias entre 2019 e 2024 para escalonar essas perdas ficou acertado também”, avaliou a docente.
FIM DA GREVE
Após mais de dois meses de paralisação, os professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) decidiram encerrar a greve. A decisão foi aprovada em assembleia da categoria após uma nova proposta feita pelo Governo do Estado, resultado da reunião da mesa tripartite do dia 2 de dezembro. A greve ocorria desde o dia 22 de setembro.
Conforme obtido pelo ClickPB, a greve reivindicou o pagamento do retroativo das progressões funcionais, a negociação da reposição das perdas salariais no total de 22,97% – acumuladas nos últimos 04 anos –, a recomposição do orçamento da universidade para 2026, a discussão da Lei de Autonomia (Nº 7643/2004), a realização de novos concursos para professora/o efetiva/o, a convocação das/os aprovadas/os – cadastro de reserva, e a instalação de uma mesa de negociação tripartite.
