Policiais da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio desarticularam, nesta quinta-feira (5), em João Pessoa, uma quadrilha especializada em roubos e furtos de porcelanatos. De acordo com o delegado Walter Brandão, foram presos seis acusados de furto e receptação de 305 caixas de porcelanato e 40 caixas de pastilhas em cerâmica, avaliados em cerca de R$ 25 mil, material utilizado principalmente em construções de edifícios na orla da capital.
Ainda de acordo com Walter Brandão, a equipe de investigação chegou à quadrilha após a prisão do vigilante Marcos Silva Alexandre, 27 anos, que havia furtado várias caixas de porcelanato de uma construtora, localizada no bairro do Bessa. “Após a prisão do vigilante, nós intensificamos as investigações e chegamos aos outros integrantes da quadrilha, que era formada por pedreiros, que trabalhavam nas obras, e um homem, responsável pelo frete dos produtos furtados”, explicou o delegado.
A delegada-adjunta de crimes contra o patrimônio, Emília Ferraz, disse que, no momento da prisão, a mercadoria já estava pronta para ser distribuída. No momento, também foi preso Edson Francisco da Silva, 38 anos, que fazia o frete para o grupo. “Além de Edson Francisco, foram presos Marcos Silva Alexandre, 27, vigilante, e os pedreiros Carlos André do Nascimento Lima, 29; Pedro Leandro dos Santos, 50; Cristiano Machado Paulo da Silva, 39; e Paulo Gonçalves da Silva. Todos foram presos em flagrante e autuados por furto qualificado e formação de quadrilha”, afirmou.
A Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social realizou o trabalho de investigação em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária, já que um dos acusados é um apenado do regime semiaberto. O fato começou quando algumas construtoras da capital denunciaram furtos de material de construção, notadamente de porcelanatos, que são pisos de alto padrão e custo elevado. As ocorrências vinham acontecendo desde novembro de 2014, entretanto as construtoras só fizeram o registro policial depois do terceiro furto.
A inteligência do Sistema Penitenciário foi acionada, porque já tinha conhecimento da participação de um apenado do regime semiaberto na organização criminosa. O setor de inteligência do Sistema Penitenciário passou a atuar preliminarmente no levantamento desta investigação, repassando todos os dados para a Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio da capital.
A desarticulação da quadrilha teve início terça-feira (3), quando foram presos três funcionários da construtora, um funcionário de uma construtora filiada à anterior, um receptador, além de um transportador.