Para 2018

Comissão da Câmara aprova fim das coligações e cláusula de desempenho

Efraim Filho entende que matéria traz mais coerência e transparência ao processo democrático, por isso é uma evolução importante no sistema político. Matéria ainda vai a plenário.

Comissão da Câmara aprova fim das coligações e cláusula de desempenho

O texto principal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 282/16 proibia as coligações apenas a partir do pleito de 2020 — Foto:Reprodução/assessoria

Por 18 votos a 11, comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou a antecipação do fim das coligações partidárias para a eleição proporcional (deputados federais e estaduais) de 2018. O texto principal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 282/16 proibia as coligações apenas a partir do pleito de 2020. 

“Por enquanto está só na comissão, ainda vai passar pelo plenário, mas é uma evolução importante no nosso sistema político, afinal a operação Lava Jato identificou que foi na formação das coligações o grande foco de corrupção, onde aconteceram as negociatas para compra e venda de partidos, leilão especialmente dos partidos nanicos em troca de tempo de televisão e fundo partidário, então são medidas que trazem mais coerência e transparência ao processo democrático”, analisou o deputado federal Efraim Filho (DEM). 

A antecipação para 2018 foi defendida em destaque apresentado pela bancada do PMDB e recebeu o apoio de PSDB, PT, PSD, PSB, PDT, Psol.

Na opinião do deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), as coligações são maléficas para a política e, portanto, devem ter o seu fim antecipado.

Já PR, PCdoB, PPS e PHS se posicionaram contra. O deputado Orlando Silva (PCdoB-BA) lembrou que havia acordo com o Senado para que o fim das coligações só ocorresse em 2020. Segundo o parlamentar, “a mudança é apenas para constranger os deputados a votarem a favor do ‘distritão’”, previsto em outra proposta (PEC 77/03), já pronta para votação no Plenário da Câmara.

Antes de aprovar a antecipação do fim das coligações, os deputados da comissão especial rejeitaram um destaque do Psol que tentava suprimir da PEC as novas regras de cláusula de desempenho. Essa cláusula tem como objetivo evitar que partidos que não têm nenhum tipo de representatividade tenham acesso a tempo de televisão e rádio, e fundo partidário. 

Outro destaque do PMDB, que tentava retirar do texto a possibilidade de subfederações, acabou sendo retirado antes de ir a voto. Com isso, a votação da PEC 282/16 está encerrada na comissão especial.

Plenário
Orlando Silva sugeriu que a cúpula da comissão procure o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ainda hoje para tentar inclui a matéria na Ordem do Dia do Plenário da Câmara o mais rapidamente possível. Apesar de críticas pontuais ao texto, Silva acredita que “esta será a reforma política possível” neste momento, diante do impasse em torno da outra proposta (PEC 77/03).

A PEC 282/16 também impõe regras, como cláusula de desempenho, para que os partidos tenham acesso ao dinheiro do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na TV. Permite ainda que partidos políticos com afinidade ideológica e programática se unam em federação, que terá os mesmos direitos e atribuições regimentais dos partidos das casas legislativas. Subfederações poderão ser criadas no âmbito dos estados.

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