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Comissão do Senado aprova convite para Bebianno explicar supostas candidatas laranjas

O, agora, ex-ministro Gustavo Bebianno era presidente do PSL à época em que supostamente ocorreram as irregularidades.

Comissão do Senado aprova convite para Bebianno explicar supostas candidatas laranjas

Comissão do Senado aprova convite para Bebianno explicar supostas candidatas laranjas — Foto:Reprodução/Instagram

A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado aprovou nesta terça-feira (19), por 6 votos a 5, um convite para o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gustavo Bebianno explicar os repasses a supostas candidatas laranjas do PSL nas eleições de 2018. Bebianno era presidente do PSL à época em que supostamente ocorreram as irregularidades.

Demitido do governo na segunda-feira (18) por conta das suspeitas de uso de “laranjas” nas eleições, Bebianno era considerado um dos homens de confiança do presidente Jair Bolsonaro. Ele foi um dos coordenadores da campanha eleitoral do presidente, costurou o acordo que levou Bolsonaro ao PSL e presidiu a legenda durante a corrida eleitoral de 2018.

Após a eleição, Bebianno deixou o comando do partido e foi escolhido para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, um dos ministérios com gabinete no Palácio do Planalto.

O convite aprovado nesta terça pela comissão do Senado partiu de requerimentos apresentados pelos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Por se tratar de um convite, Bebianno não é obrigado a comparecer ao Congresso Nacional para prestar informações aos parlamentares.

Votaram a favor do convite os senadores Jorge Kajuru (PSB-GO), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Eliziane Gama (PPS-MA), Paulo Rocha (PT-PA), Rogério Carvalho (PT-SE) e Rodrigo Cunha (PSDB-AL).

Foram contrários os senadores Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), Marcio Bittar (MDB-AC), Selma Arruda (PSL-MT), Major Olímpio (PSL-SP) e Oriovisto Guimarães (Pode-PR).

Na condição de ministro de Estado, Bebianno poderia ser convocado, o que exigiria sua presença na comissão. No entanto, como ele foi exonerado e não ocupa mais o cargo no governo, ele não pode ser obrigado a ir ao Legislativo para dar esclarecimentos sobre o episódio.

Entenda o caso

A demissão de Gustavo Bebianno foi confirmada em meio a uma crise no governo que se originou com a suspeita de que o PSL, partido ao qual Bolsonaro e Bebianno são filiados, usou candidaturas “laranjas” nas eleições do ano passado.

Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, o PSL repassou, durante o período em que Bebianno comandou o partido, R$ 400 mil a uma candidata a deputada federal de Pernambuco que recebeu 274 votos. Ainda de acordo com o jornal, o repasse foi feito quatro dias antes das eleições.

O atual presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), atribuiu a responsabilidade pela liberação do dinheiro a Bebianno. O agora ex-ministro disse que não foi o responsável pela escolha das candidatas que receberam a verba do PSL.

Também foram revelados repasses a candidatas em Minas Gerais que terminaram o pleito com uma quantidade inexpressiva de votos, o que também levantou suspeitas sobre candidaturas laranjas. O PSL de Minas era então presidido pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

No último dia 12, após a reportagem da “Folha”, Bebianno negou em entrevista ao jornal “O Globo” que fosse o pivô de uma crise dentro do governo e acrescentou que, somente naquele dia, havia falado com o presidente por três vezes. Na ocasião, Bolsonaro ainda estava internado em razão de uma cirurgia.

Após a publicação da entrevista, um dos filhos de Bolsonaro, Carlos, usou uma rede social para dizer que Bebianno mentiu ao dizer que havia falado com o presidente.

Carlos, e depois o próprio Bolsonaro, chegaram a divulgar um áudio no qual, segundo eles, o presidente diz a Bebianno que não podia falar com o então ministro.

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