Líder do PSDB na Câmara, o deputado José Aníbal está entre as vítimas de um esquema de venda ilegal de informações confidenciais. De acordo com a polícia e o Ministério Público, funcionários de uma operadora de telefonia celular quebravam o sigilo telefônico de clientes, sem autorização judicial. A polícia pediu a prisão de 21 pessoas e a Justiça determinou a prisão de dez, porque considerou que as provas apresentadas contra os outros onze suspeitos já eram suficientes.
De acordo com a polícia, em um ano, mais de cem pessoas tiveram o sigilo quebrado sem autorização. "Eu me sinto vítima como são vítimas milhares de brasileiros. No meu caso, quero todo o esclarecimento. O que era e qual o objetivo da quadrilha. Quero realmente que essa gente seja punida", disse o deputado José Aníbal.
Os suspeitos estão sendo investigados por venda de escutas telefônicas clandestinas e outros dados sigilosos. A apuração aponta também para a participação de funcionários da Receita Federal, de uma empresa de cartão de crédito, e do gerente de um banco, que estaria repassando ilegalmente informações bancárias e patrimoniais.
De acordo com a polícia e o MP, os dados telefônicos coletados ilicitamente eram repassados a detetives particulares, que foram presos. No grupo que será denunciado pelos promotores, estão cinco policiais, investigados pela Corregedoria da Polícia Civil. Três deles são acusados de falsificar autorizações judiciais para interceptação telefônica.
G1