O governador Ricardo Coutinho (PSB) descartou, nesta segunda-feira (20), a ideia de “pacificação política” no Estado, por meio de aliança com a oposição, visando às eleições de 2018. A tese seria agregar adversários na campanha majoritária do próximo ano. Para Ricardo, não há possibilidade.
“Eu não trairia a Paraíba dessa forma”, pontuou, afirmando que a ideia seria excelente se ele tivesse o interesse apenas em um cargo para ele próprio, e não no destino da Paraíba que, segundo ele, avança quando consegue diferenciar os pensamentos e as ações.
“No caso da Paraíba, é salutar a diferenciação de posturas e ideias”, afirmou.
De acordo com o socialista, não se pode transformar a política em um arranjo das elites. “Você não pode transformar a política em um conluio das elites para que o povo sustente pessoas que não têm absolutamente nenhum programa”, disse.
Ricardo observou, no entanto, que o problema não está nas alianças, mas na coerência.
“Eu faço todas as alianças necessárias, possíveis e que são boas para o Estado. Eu faço todas. Agora, observe se aquilo que eu dizia há dez anos atrás não é a mesma coisa daquilo que eu digo hoje. E observe outras pessoas que tem aqui dentro da política, dançam de acordo com o samba, de acordo com a música, não têm nenhum conteúdo, ou seja, estão ali para enganar o povo, sendo bom para elas, adotam o modelo, o discurso. Comigo não tem essa história, eu sou o que sou, com minhas falhas e acertos, eu digo aquilo que acho”, disse, condenando o “cambalacho” contra o povo.