Apontado com favorito para liderar o PMDB na Câmara, o deputado Hugo Motta prometeu que se vencer as eleições contra o carioca Leonardo Picciani, atual líder e candidato à reeleição, promete manter um relacionamento de diálogo e respeito entre com todos, inclusive com o Palácio do Planalto, onde há rusgas entre o Governo e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que apoia a sua candidatura. “Nós vamos manter o diálogo aberto com os demais partidos, com a sociedade e inclusive com o governo”, disse.
Para Hugo Motta, o presidente Eduardo Cunha, assim como todo e qualquer deputado, é eleitor no processo. “Para que eu ganhe a eleição eu tenho que ter voto. Então eu quero o apoio do deputado Eduardo Cunha assim como também de todos os outros parlamentares para que a gente possa consolidar nossa campanha à liderança do PMDB”.
O deputado paraibano prometeu ainda que, se eleito líder do bancada do PMDB, cuja eleição está marcada para o dia 17 de fevereiro, vai compor a comissão de impeachment respeitando a proporcionalidade da bancada com membros a favor e contra do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Hugo Motta que participou do encontro entre o vice-presidente Michel Temer, que visita a Paraíba em busca de apoio a sua reeleição à presidência do partido, e a bancada do PMDB estadual, defendeu que o partido tenha candidatura própria nas eleições municipais em João Pessoa e em outros colégios eleitorais do estado.
Motta disse ser contrário à possibilidade de coligação com o PSB na Capital. “A aliança com o PSB é feita no âmbito administrativo. Os deputados estaduais do PMDB não só votaram no governador Ricardo Coutinho, como também dão apoio às medidas, aos projetos do seu governo. A discussão política é feita em outra seara”.
Motta defende que o Michel Temer não se envolva no processo eleitoral para escolher o líder na Câmara Federal. “Michel Temer não pode se envolver nessa questão diante da incompatibilidade por estar disputando com outro companheiro também do partido que apoia também a sua recondução ao comando do PMDB”.