Reforma política

Mofi critica financiamento público de campanha e defende fim dos partidos políticos no Brasil

Para Emerson Machado, partido político só serve para "aglomerar pessoas" e para “abocanhar cargos”. Ele também é contra altos salários e regalias para os parlamentares

Mofi critica financiamento público de campanha e defende fim dos partidos políticos no Brasil

Pré-candidato a deputado federal nas eleições vindouras de 2018, Emerson Machado defende, também, a limitação a apenas uma reeleição — Foto:Reprodução/facebook

O radialista Emerson Machado, mais conhecido como Mofi, criticou, nesta quarta-feira (16), a reforma política, e disse que é contra o financiamento público de campanha, também contra o voto obrigatório, que segundo ele fere a democracia, e – o mais polêmico – defende o fim dos partidos políticos no Brasil. Em entrevista ao Portal ClickPB, Mofi disse que partido político só serve para “aglomerar pessoas” e para “abocanhar cargos”. 

“Caso seja aprovada, será um absurdo o que vão fazer. O eleitor paga o imposto, paga o salário do deputado, o salário do político, e ainda pagar para o político ser candidato com o dinheiro dele?”, questionou Mofi, que também é contra as regalias para políticos, como altos salários, assessores comissionados e despesas com combustível e telefone. 

Na opinião de Mofi, o salário do deputado federal deveria ser reduzido a R$ 10 mil, o deputado estadual ganharia 75% do salário do federal, e o vereador de cidades acima de 200 mil habitantes, 75% do salário do deputado estadual. Na assessoria dos parlamentares, segundo Mofi, caberiam funcionários de carreira, concursados.

Pré-candidato a deputado federal nas eleições vindouras de 2018, Emerson Machado defende, também, a limitação a apenas uma reeleição para parlamentares, para garantir a renovação da política. 

“No meu ponto de vista, um deputado federal e qualquer outro político só poderia disputar um mesmo cargo eletivo no máximo duas vezes. Como é que você pode ser 20 anos deputado, 30 anos deputado? Não pode! Quem elimina político no Brasil é a morte. Tem político com 200 anos, se não morrer, ainda continua sendo político”, disse Mofi.  No Executivo, ele apoia o fim da reeleição para governador e prefeito. 

O radialista defende que todo cidadão que tenha ficha limpa deveria ter condições de ser candidato apenas com o seu título de eleitor, sem a necessidade de filiação a partido, da mesma forma que acontece a eleição do conselheiro tutelar, comparou. “Eu defendo o fim do partido político, aí sim, seria uma reforma política de verdade”. 

Para Mofi, como o distritão, 90% dos políticos envolvidos na Lava Jato serão eleitos. “Como é que você vai disputar com uns caras desses?”. Segundo Mofi, o fim dos partidos no país permitiria a qualquer cidadão concorrer às eleições e fortaleceria a democracia. “Você vai votar uma matéria, hoje, tem que votar de acordo com o partido”, criticou. “Você tem que votar de acordo com a sua consciência, de acordo com o povo”, argumentou o radialista. 

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77, que institui o distritão e cria o fundo público para financiamento das campanhas eleitorais deve ir a votação ainda hoje na Câmara dos Deputados. 

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