O pré-candidato à Presidência pelo PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin, ligou para o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade), para se explicar em relação a uma postagem em sua rede social contraria ao imposto sindical. Ele assumiu que a declaração sobre o fim da contribuição sindical no twitter “foi uma trapalhada de assessores”.
A postagem feita nesta sexta-feira (20) causou o primeiro atrito entre o tucano e o Centrão (grupo formado pelo DEM, PP, PR, PRB e o Solidariedade).
Ele disse em seu perfil oficial no Twitter, que descartava a possibilidade de o acordo eleitoral incluir a revisão de pontos da reforma trabalhista para criar um tipo de contribuição sindical.
“Ao contrário do que está circulando nas redes, não vamos revogar nenhum dos principais pontos da reforma trabalhista. Não há plano de trazer de volta a contribuição sindical”, anunciou o perfil.
A declaração incomodou os dirigentes do Solidariedade, ligado às centrais sindicais. “Do jeito que ele (Alckmin) falou, ficou mal. Não vai colocar nada no lugar (do imposto sindical)? Conversamos com o Paulinho para não fechar nada com ele por enquanto. Essa informação prejudica mais ainda”, disse na sexta o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
O mal estar só foi desfeito às 23h de sexta-feira, após o ex-governador ligar de Rondônia, onde cumpre agenda política, para Paulinho para desfazer o incômodo. O sindicalista disse que o ex-governador ligou assim que pousou em Porto Velho.
Alckmin é a favor da proposta do Solidariedade de que convenções de trabalhadores possam criar receitas extraordinárias ou contribuições voluntárias aos sindicatos. “É uma contribuição dentro da razoabilidade. Quem sugeriu nem fui eu, foi o ACM Neto (do DEM)”, explicou Paulinho.