O PPS nacional iniciou movimentação para atrair deputados federais do PSDB inclusos no grupo chamado de cabeças pretas, que inclui jovens lideranças tucanas. Entre estas lideranças está o deputado federal Pedro Cunha Lima.
Segundo o líder da bancada do PPS na Câmara Federal, o deputado Alex Manente, de São Bernardo, sete parlamentares do tucanato estão apalavrados para migrar de legenda na janela eleitoral aberta neste mês – se encerra no dia 7 de abril.
“Como o PPS teve a adesão de muitas lideranças do Livres, há uma nova perspectiva no PPS. Tanto que há debate avançado para mudarmos o nome para Movimento 23. E nesse contexto se inserem alguns cabeças pretas do PSDB”, comentou Alex.
Manente citou o movimento político Livres que deixou o PSL com o ingresso do deputado federal Jair Bolsonaro, do Rio de Janeiro, provável candidato à Presidência da República. Outros blocos políticos semelhantes – como Agora!, Acredito e Renova – também negociam adesão ao futuro Movimento 23, ou M23, na sigla abreviada.
Dentre os deputados tucanos com conversas mais avançadas estão Daniel Coelho, de Pernambuco, Pedro Cunha Lima, da Paraíba, e Mariana Carvalho, de Minas Gerais. Caso eles aceitem o convite, ajudarão o PPS a atingir o número mínimo da cláusula de barreira aprovada na minirreforma eleitoral. Cada legenda precisa ter ao menos 13 deputados federais em pelo menos nove Estados para ter acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV. Atualmente o PPS conta com nove parlamentares na Câmara Federal.
Segundo Alex, o PPS também conversa com deputados tucanos de Alagoas, Rondônia e Bahia. Por enquanto não há registro de diálogo com parlamentares tucanos.
Essa articulação ganhou força com a desistência do apresentador Luciano Huck em ser candidato à Presidência pelo PPS. A sigla tende a aguardar a consolidação das candidaturas ao Planalto para definir o rumo político.