Os produtores de eventos, por meio da Associação Paraibana dos Promotores e Profissionais de Grandes Eventos(Apage), emitiram uma nota pedindo ‘coerência’ e ‘equidade’ por parte da gestão municipal de João Pessoa, em especial, o secretário Municipal de Saúde, Adalberto Fulgêncio. De acordo com a Apage, o secretário age de diferente para tratar do assunto covid-19 quando é relacionada à flexibilização do setor.
A categoria está há quase oito meses sem promover eventos na cidade de João Pessoa por conta dos decretos de isolamento social. Nessa segunda-feira (19), os produtores de grandes eventos realizaram um protesto, passando por vários bairros da Capital paraibana com o intuito de sensibilizar o poder público e tornar a situação conhecida pela população.
Conforme a nota da Apage, recebida pelo ClickPB, as declarações de Adalberto Fulgêncio são diferentes em duas situações apontadas pela categoria (vídeo) e por conta disso cobra coerência e equidade por parte da Prefeitura da capital e da Secretária Municipal de Saúde. No vídeo, o secretário de Saúde aparece sem máscara e diz que o quadro da covid-19 na Capital está ‘tranquilo’. Já na entrevista disse que não seria possível flexibilizar e tratou como confortável a situação da pandemia na cidade apenas no momento político.
Vídeo divulgado pela Apage:
Confira na íntegra a nota da Apage
A Apage cobra coerência e equidade da Prefeitura e da Secretária de Saúde do município de João Pessoa.
A Associação Paraibana dos Promotores e Profissionais de Grandes Eventos (APAGE), vem a público cobrar coerência e equidade no tratamento da Prefeitura de João Pessoa para com o setor de eventos.
As declarações recentes do secretário municipal de saúde, Adalberto Fulgêncio, refletem um cenário de insegurança na condução do processo da gestão da saúde em João Pessoa e da flexibilização do setor.
No domingo passado, o secretário declarou em evento político partidário, “Está tranquilo! O vírus está controlado em João Pessoa”, afirmou Adalberto Fulgêncio.
Ontem, após protesto realizado pelo setor de eventos, o secretário veio à público por meio de uma entrevista veiculada por uma emissora de televisão, pedir desculpas pelo ato cometido e em sua fala afirmou, “Quis me referir especificamente à aquele momento em que eu estava defendendo a gestão em ato político partidário”.
A Apage lamenta muito, ainda, a forma irresponsável com que na mesma entrevista, o secretário se referiu ao setor de eventos e incitou a toda sociedade que o setor do entretenimento efetivamente seria responsável pelo aumento de casos da COVID-19, “Será o responsável pelo aumento de casos, internações e óbitos em João Pessoa caso retornem as atividades”, disse.
Desta feita, aproveitamos a oportunidade, para cobrarmos firmeza dos órgãos fiscalizadores nas atividades que estão gerando aglomerações, também não obstante, as atividades políticas, onde se observa diariamente a ausência da adoção de medidas que estejam em conformidade com os protocolos de segurança sanitária.
Estamos preparados para o retorno gradual das nossas atividades e cientes da necessidade de que os eventos voltem com segurança e observância de todos os protocolos, porém, cobramos coerência e equidade da gestão pública que fomenta as medidas que circundam o debate em torno do tema.
Nossa solidariedade incondicional as famílias paraibanas que perderam 3 mil pessoas para a COVID-19, e ainda às 15 mil pessoas do setor de eventos que seguem há quase 8 meses sem trabalhar.
APAGE – Associação Paraibana de Promotores e Profissionais de Grandes Eventos