“Em vez de pensar em tecnologia, o Brasil deveria discutir modelos de televisão”. A opinião é do professor do Departamento de Jornalismo da Universidade de Brasília (UNB), Murilo César Ramos. Em entrevista à Agência Brasil, Ramos afirmou que a decisão prioritária é pensar o tipo de programação que deve ser oferecido na televisão brasileira.
“Estamos aqui disputando um campeonato de tecnologia, está tudo errado. Só que infelizmente o processo avançou de tal modo que não tem mais volta”, afirma Ramos.
O professor explica que a televisão digital é apenas um “rótulo” em função da mudança do modo de transmissão analógico para digital. “Na realidade, as televisões pagas por satélites podem também ser chamadas de tvs digitais, porque também são transmitidas digitalmente”, explica.
Ramos critica o padrão japonês de televisão digital que, segundo ele, não levará a uma maior participação da sociedade na produção e no conteúdo da comunicação. “O que está em pauta hoje é a opção pelo padrão de transmissão japonês, por pressão muito grande, de alta definição, mas é um modelo limitador”, diz o professor.
A transição do sistema analógico para o digital deverá durar cerca de 15 anos, segundo previsões do Ministério das Comunicações.
Agência Brasil
Professor da UNB diz que Brasil deveria discutir conteúdo em vez de te
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