Mobilização

PSTU divulga nota propondo greve geral em apoio aos caminhoneiros

Segundo Radical, presidente do PSTU-PB as unidades entre as forças se faz necessária para articular a greve em defesa dos trabalhadores

PSTU divulga nota propondo greve geral em apoio aos caminhoneiros

Antônio Radical defende unidade entre as forças populares e sindicais para articular greve — Foto:Reprodução

Em nota divulgada nesta quinta-feira (24), o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado da Paraíba (PSTU-PB) convoca unidade das Centrais e entidades para a articulação de uma greve geral em solidariedade aos caminhoneiros, contra o aumento desenfreado dos combustíveis. Leia a seguir a nota na íntegra:

A greve dos caminhoneiros entra no seu quarto dia mostrando muita força. Despertou grande apoio popular por enfrentar a alta dos preços dos combustíveis e o governo Temer, o mais impopular da história do país. Ao parar a circulação de mercadorias, começa a ter consequências econômicas: fábricas começam a parar por falta de peças e se abre possibilidade de desabastecimento dependendo da duração da paralisação.

A greve coloca em xeque o governo-zumbi de Temer, obrigando o Congresso a se mexer, atropelando o Ministério da Fazenda. Foi assim que derrubaram a Cide (um imposto sobre os combustíveis). Porém isso não refresca muito os preços atuais, fazendo cair apenas 1,5% o preço da gasolina e 2% o do Diesel contra os mais de 15% de aumento.

A alta dos preços é causada pela política de privatização da Petrobras. O governo tenta privatizar e desnacionalizar o refino, vendendo só óleo cru para fora. Quatro refinarias estão na mira da privatização. A serviço dessa política, a direção da empresa, do PSDB, estabeleceu uma política de reajustes diários de acordo com a variação do câmbio e dos preços internacionais.

A paralisação dos caminhoneiros não está sozinha. Também estão parados os metalúrgicos da Mercedes Benz, no ABC, os rodoviários de Salvador, e os professores de diversas cidades também estão em greve. A luta dos caminhoneiros é um estopim em meio à insatisfação e à indignação geral dos trabalhadores e dos setores populares.

Em João Pessoa, os índios Potiguaras também estão em luta, chegaram a fechar a av Epitácio Pessoa, ontem dia 23, os professores da rede privada de Campina Grande e região também estão em luta e chegaram a organizar uma greve que não era vista no setor privado, há décadas. Várias ocupações urbanas resistem, como é o caso da ocupação Mulheres Guerreiras no bairro das Industrias que a justiça deliberou despejo para esta terça dia 22 e os moradores ainda resistem.

É preciso cercar essa greve de solidariedade e exigir que os sindicatos façam campanhas de apoio. Para além disso, é preciso estabelecer uma pauta de mobilização e unificar as lutas.

A situação do país vai de mal a pior. A economia retrocede novamente, ao contrário do que propagandeava o governo, derrubando as previsões anteriores de crescimento. O desemprego só sobe, conforme apontam os novos dados do IBGE.

Os banqueiros e as maiores empresas estão no lucro ao mesmo tempo em que jogam a crise nas nossas costas e vão entregando e subordinando ainda mais o país às multinacionais. Enquanto esperam as eleições em meio à grande crise e à divisão, a classe dominante e suas candidaturas (incluindo a maioria das que se dizem de oposição) não abrem mão do ajuste contra os de baixo.

É necessária uma pauta de reivindicações para a mobilização unificada a ser defendida por sindicatos e movimentos, que apoie e unifique as lutas existentes e enfrente a patronal e o governo. Uma pauta em defesa da redução da jornada sem redução dos salários, da redução do preço dos combustíveis e da defesa da Petrobras 100% estatal sob controle dos trabalhadores; pela revogação da reforma trabalhista e pela manutenção dos acordos coletivos, contra as privatizações (das refinarias da Petrobras, da Eletrobras etc.); contra qualquer reforma da Previdência (é preciso avisar a qualquer futuro governo que, se tentar atacar a aposentadoria, o Brasil vai parar); por moradia e reforma agrária; contra a criminalização dos movimentos sociais.

É preciso exigir esse posicionamento das organizações da classe que, para isso, precisam agir em defesa dos trabalhadores de forma independente da patronal e com uma política de mobilização social.

Nas lutas dos trabalhadores em defesa de seus direitos e reivindicações, continuaremos fazendo um chamado à rebelião e defendendo um projeto socialista. Para mudar de vez essa situação, impedir a entrega do país, acabar com o desemprego, com a violência, com a corrupção e garantir condições dignas de vida para a maioria, será preciso derrotar os de cima (os banqueiros e as grandes empresas multinacionais e nacionais) e conquistar um governo socialista dos trabalhadores que governo por conselhos populares.

 FAZEMOS UM CHAMADO ÀS CENTRAIS SINDICAIS E ENTIDADES: POR UM DIA DE LUTA E PARALISAÇÃO  NACIONAL, DE GREVE GERAL, EM APOIO AOS CAMINHONEIROS E DEMAIS GREVES E PELAS SEGUINTES REIVINDICAÇÕES

– Abaixar o preço dos combustíveis e do gás de cozinha
– Redução da jornada sem redução dos salários, contra o desemprego,
– Aumento dos salários
– Anulação da reforma trabalhista e mais uma vez dizemos não a qualquer reforma da previdência
– Não às privatizações e Petrobrás 100% estatal e sob controle dos trabalhadores
– FORA TEMER, FORA TODOS ELES!!
 
 
PSTU

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