Lava Jato

PT divulga nota após áudios divulgados pelo The Intercept e pede nulidade dos atos praticados por Moro

Para o partido, a Lava Jato atuou para impedir a eleição do candidato do PT, Fernando Haddad.

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Gleisi Hoffmann é presidente nacional do PT — Foto:Veja

A Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores divulgou uma nota na qual o partido afirma que os “crimes da Lava Jato comprovam perseguição a Lula e atentam contra a democracia”. Na nota, o PT afirma que vai buscar a nulidade dos atos praticados por Sérgio Moro.

“Não descansaremos enquanto não houver a nulidade dos atos de exceção promovidos por Moro e a devida punição para os criminosos da Lava Jato; enquanto não for feita justiça para Lula e restabelecida a plenitude do estado de direito democrático em nosso país”.

Conforme o documento, “Cometeram crimes contra a liberdade de Lula, contra o direito de defesa e o devido processo legal e, principalmente, contra a soberania do povo no processo eleitoral”.

Para o partido, a Lava Jato atuou para impedir a eleição do candidato do PT, Fernando Haddad, considerando as mensagens no sentido de impedir a entrevista de Lula em setembro de 2018.

O PT afirma, ainda, que “Moro e seus procuradores terão de responder por seus atos criminosos – os já conhecidos e os que ainda serão revelados – e pelo papel desempenhado na eleição de Jair Bolsonaro, que os recompensou com a nomeação para cargos elevados na República”.

Confira a nota na íntegra:   

A divulgação das mensagens trocadas entre o ex-juiz Sergio Moro e os procuradores da Força-Tarefa da Lava Jato confirmam, a toda prova, o que o PT e a defesa de Lula sempre denunciaram: Moro, Dallagnol e seus parceiros agiram de forma combinada para criar uma farsa judicial, forjando acusações com o objetivo político de impedir a vitória de Lula e do PT nas eleições presidenciais.

Ao contrário do que afirmam hoje para tentar abafar suas ações ilegais, Moro e os procuradores da Lava Jato ultrapassaram todas as fronteiras da legalidade e do estado democrático de direito. Cometeram crimes contra a liberdade de Lula, contra o direito de defesa e o devido processo legal e, principalmente, contra a soberania do povo no processo eleitoral.

Entre outras revelações, as mensagens provam que:

1) A Força-Tarefa da Lava Jato mentiu sobre o tríplex do Guarujá, pois Deltan Dallagnol reconhece que nunca teve provas de que pertenceria a Lula;
2) A Força-Tarefa mentiu deliberadamente ao estabelecer uma falsa ligação entre o tríplex e os contratos da OAS com a Petrobrás, outro crime confessado por Dallagnol;
3) Sergio Moro cometeu deliberadamente um crime ao vazar diálogos de Lula com a ex-presidenta Dilma, o que foi planejado com a Força Tarefa;
4) Sergio Moro mentiu para o STF ao pedir “escusas” pelo grampo de Lula e Dilma, do qual ele se vangloria em mensagem a Dallagnol;
5) A Lava Jato atuou para impedir a eleição candidato do PT, Fernando Haddad, como está claro nas mensagens para impedir a entrevista de Lula em setembro de 2018.

Não há máscara capaz de esconder a verdadeira face da Lava Jato, que se comprova ter sido uma operação política mal disfarçada como ação de combate à corrupção. As mensagens somam-se à série de arbitrariedades cometidas ao longo do processo e que afetaram não somente Lula e o PT, mas o estado de direito. Nem mesmo a Globo e a mídia que a segue, cúmplices ativas desse atentado contra a democracia, o direito e a justiça, podem mais esconder a realidade.

As revelações do site The Intercept Brasil expõem a real dimensão da trama criminosa, em conversas que cobrem de vergonha o sistema judicial brasileiro. Comprovam a parcialidade de Moro e sua atuação como maestro de uma denúncia manipulada desde o início. Expõem o escandaloso grau de corrompimento de agentes do estado que deveriam defender a lei e promover a justiça mas fizeram o contrário.

As mensagens comprovam, até para os que se recusavam a enxergar os fatos, que Lula é um preso político, condenado e encarcerado sem ter cometido crime nenhum, a não ser o de ameaçar, com a força do povo, o resultado eleitoral tramado pelos poderosos.

Moro e seus procuradores terão de responder por seus atos criminosos – os já conhecidos e os que ainda serão revelados – e pelo papel desempenhado na eleição de Jair Bolsonaro, que os recompensou com a nomeação para cargos elevados na República. São responsáveis pela instalação de um governo que entrega a soberania nacional, retira direitos do povo, dilapida o patrimônio público e mergulha o país na barbárie.

O PT conclama todos as forças democráticas, os movimentos sociais, a comunidade jurídica nacional e internacional a se levantar em repúdio às arbitrariedades agora confirmadas e em defesa do estado direito. O que está em causa é o País, a liberdade e o direito. As arbitrariedades cometidas, caso fiquem impunes, podem continuar atingindo todo e qualquer cidadão e a própria democracia.

Lutaremos pela justiça em todas as frentes: no Judiciário, no Parlamento, nas instâncias de controle da Magistratura e do Ministério Público, nos organismos internacionais e principalmente nas ruas e nos meios independentes de comunicação, para que a vergonhosa verdade seja conhecida dentro e fora do país.
Não descansaremos enquanto não houver a nulidade dos atos de exceção promovidos por Moro e a devida punição para os criminosos da Lava Jato; enquanto não for feita justiça para Lula e restabelecida a plenitude do estado de direito democrático em nosso país.

Punição para os crimes da Lava Jato!

Lula Livre!

Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores

São Paulo, 10 de junho de 2019

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