Afastado cobrou

R$ 391 mil: Com Prefeitura de Patos no ‘aperto’, prefeito diz que, se TCE-PB mandar pagar salários de Dinaldinho, fará acordo para parcelamento

Dinaldinho solicitou pagamento dos 23 meses em que ele ficou sem a remuneração de gestor. Ele está afastado após ser denunciado na Operação Cidade Luz, que investiga fraudes em contratos.

R$ 391 mil: Com Prefeitura de Patos no 'aperto', prefeito diz que, se TCE-PB mandar pagar salários de Dinaldinho, fará acordo para parcelamento

"Não tenho nenhum juízo de valor sobre isso. Estou aguardando parecer do TCE-PB", disse Ivanes Lacerda ao ClickPB. — Foto:Divulgação/Câmara Municipal de Patos

O prefeito interino Ivanes Lacerda disse em entrevista exclusiva ao ClickPB nesta quinta-feira (16) que, se o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) mandar a Prefeitura de Patos pagar os salários devidos ao prefeito afastado Dinaldinho Wanderley, será feito um acordo para parcelar a dívida até dezembro. Dinaldinho solicitou o pagamento dos 23 meses em que ele ficou sem a remuneração de gestor. Ele está afastado desde 2018, após ser denunciado na Operação Cidade Luz, que investiga fraudes em contratos de iluminação pública do município.

“Não tenho nenhum juízo de valor sobre isso. Estou aguardando parecer do TCE-PB. É sabido que o TCE-PB decidiu, em outros casos, que o valor era indevido. Já o TJPB, também em outras decisões, se pronunciou dizendo que os pagamentos eram devidos considerando que o vínculo ainda permanece e que não pagar vencimentos seria como punição antecipada. Eu não quero entrar nesse mérito da discussão. O que o TCE recomendar, nós vamos seguir”, declarou Ivanes Lacerda.

O prefeito interino também comentou sobre a possibilidade de o TCE-PB negar o pagamento de salários do prefeito afastado. “Se Dinaldinho se sentir prejudicado, tem o direito de recorrer para reparar o dano.”

Ivanes também relatou ao ClickPB que o Município de Patos está no aperto financeiro por causa de ações de gestões anteriores, o que foi constatado pelo TCE-PB em auditoria, e que, por isso, ainda está buscando equilibrar as contas e recuperar o crédito com fornecedores e a população. “Já teve caso de licitação deserta. O Município precisando de cimento e não apareceu ninguém para o processo licitatório. Porque as pessoas têm medo de sair um prefeito, entrar outro e esse não pagar.”

Por essa dificuldade financeira, Ivanes disse que o acordo para parcelamento será a solução em caso de a Prefeitura de Patos ter de pagar os R$ 391 mil devidos a Dinaldinho. “O Município tem que pagar, agendar dentro da possibilidade financeira, fazer um acordo, pagar o mês atual e parcelar o restante para que não sufoque o orçamento. Chamar ele (Dinaldinho) para um acordo, pagar o atual e parcelar o restante até dezembro.”

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Ivanes é o quarto prefeito de Patos em menos de dois anos. Desde o afastamento de Dinaldinho, passaram pelo cargo o vice-prefeito, Bonifácio Rocha, o ex-presidente da Câmara de Patos, Sales Júnior, e, com a renúncia de Sales do Executivo e da liderança do Legislativo, foi feita nova eleição na Câmara e Ivanes foi eleito presidente da Câmara e passou a prefeito interino de Patos, automaticamente.

O Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba decidiu, em sessão remota no dia 17 de junho, manter o afastamento do prefeito de Patos, Dinaldinho Wanderley. Na época, foi julgado um agravo da defesa para o retorno do gestor às funções na prefeitura do município do Sertão paraibano.

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