Licitações

Secretários de Administração e Educação da gestão Romero são afastados pela Justiça por envolvimento no escândalo da merenda em Campina Grande

Dois secretários da Prefeitura de Campina Grande foram afastados dos cargos: Iolanda Barbosa, secretária de Educação, e Paulo Diniz, secretário de Administração.

Secretários de Administração e Educação da gestão Romero são afastados pela Justiça por envolvimento no escândalo da merenda em Campina Grande

As equipes de investigação apontam indícios de fraudes, contratos não cumpridos completamente, lavagem de dinheiro e organização criminosa — Foto:Divulgação/Polícia Federal PB

Sete servidores foram afastados dos cargos na Operação Famintos, da Polícia Federal na Paraíba. A ação policial foi deflagrada nesta quarta-feira (24). Dez mandados de prisão e 59 de busca e apreensão foram cumpridos, até o final da manhã de hoje.

Dos sete servidores afastados, dois são secretários da Prefeitura de Campina Grande: Iolanda Barbosa, secretária de Educação, e Paulo Diniz, secretário de Administração.

Conforme investigado pela Operação Famintos, o esquema funcionava desde 2013, e as mesmas empresas sempre ganhavam as licitações.

Saiba mais

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CGU aponta desvios de R$ 93 milhões na Prefeitura de Monteiro por empresas da mesma família

As equipes de investigação apontam indícios de fraudes, contratos não cumpridos completamente, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O sigilo da Operação Famintos foi levantado pela Justiça, mas o da Operação Feudo continua sob sigilo, deferido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, porque tem pessoa com foro privilegiado envolvida.

De acordo com os órgãos responsáveis pela investigação, o esquema em Campina Grande envolve a aquisição de merenda escolar por meio da prática contratação de empresas fantasmas. As investigações apontam pelo menos oito empresas principais, controladas por dois grupos de empresários que se comunicam e dominam o cenário da merenda em Campina Grande.

A investigação sobre a compra de merenda em Campina Grande aponta ainda a contratação centralizada, ou seja, a própria Prefeitura contrata a empresa, e embora a prefeitura mande os recursos para as escolas para que elas contratem, a gestão faz uma ata de registro de preços que as escolas aderem, e acaba a licitação sendo da própria Prefeitura. O MPF apontou a existência de direcionamento de licitação, a utilização de empresas fantasmas e foi comprovado pela CGU um desvio inicial de R$ 2,3 milhões em Campina Grande. Ao todo, estão sendo investigados recursos na ordem de R$ 93 milhões em Campina Grande e Monteiro, de recursos empenhados.

A Prefeitura de Campina Grande divulgou nota sobre a operação. Veja abaixo na íntegra.

NOTA

Considerando não ter havido, até o momento, notificação a respeito dos fatos em apuração pelos órgãos de controle externo, nesta quarta-feira, 24, a Prefeitura Municipal de Campina Grande informa que emitirá Nota Oficial a respeito do assunto, nas próximas horas, após se aprofundar, com prudência institucional, acerca das informações relativas à apuração em andamento.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE

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