O padre Sandro Santos em série especial para o ClickPB com o título: “Efeito Halo” promove uma imersão de 21 dias com reflexões e desafios para libertar e fortalecer a mente através da fé e oração. O foco da série se dá sobre a inveja, para entender e combater esse mal. Hoje o religioso reflete sobre a inveja como inspiração, “convertendo o veneno em força interior”.
O padre Sandro Santos explica que “durante toda a história humana, a inveja foi vista como um dos sentimentos mais sombrios. Na verdade, não. Ali está entre os sete pecados capitais condenados pelos filósofos e temida pelos santos. E de fato, minha gente, quando não é reconhecida, é transformada. Ela corrói o coração, ela envenena relacionamentos, ela paralisa vocações. Há uma verdade pouco dita e profundamente libertadora A inveja pode se tornar combustível para o crescimento. O que hoje te paralisa pode ser ressignificado para te impulsionar. O que hoje te envenena, pode, com consciência e graça, se tornar força interior”.
De acordo com o sacerdote, “a inveja, quando iluminada pela verdade, ela é trabalhada com maturidade espiritual e emocional. Ela pode ser convertida em inspiração. O primeiro passo para essa conversão é mudar a nossa relação com a inveja”.
Como reflete o padre Sandro Santos, “precisamos escutar a voz da inveja. A inveja é uma mensageira. Ela revela desejos não reconhecidos, sonhos não realizados, vocações adormecidas. Quando sentimos inveja de alguém que canta, talvez haja em nós um desejo reprimido de expressar a própria voz. Quando invejamos a coragem de alguém, talvez seja um chamado interior a sair do mito. A inveja aponta não para dentro, mas para as partes nossas que pedem desenvolvimento”.
O sacerdote ainda ressalta que “a neurociência chama isso teoria da motivação social. Emoções negativas, quando são compreendidas, podem ser grandes motores de mudança. Elas indicam lacunas entre onde estamos e onde gostaríamos de estar. E ao invés de negar essas lacunas, podemos usá-las como o mapa, o sucesso. Ali deixa de ser ameaça e passa a ser um sinal. Isso também é possível”.





