A caminhada de cerca de dez quilômetros começa às 6h desta sexta-feira (30), com a participação de mais de 800 pessoas — Foto:Reprodução
A fé exercitada em passos que atravessam a história das igrejas do Centro de João Pessoa. A Via Sacra da Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes visita as principais igrejas e capelas da região mais antiga da capital paraibana, revisitando locais por onde a história aconteceu. Não só a história da Paraíba, mas também a história de muitas vidas que foram transformadas pela longa caminhada conduzida pela fé.
“Sempre ouvimos histórias de pessoas que têm famílias restauradas, saúde recuperada, problemas vencidos. Todos os anos nós conseguimos contar histórias assim”, relata Antônio Fernandes, coordenador da Via Sacra.
Durante a Via Sacra o andor é uma cruz, que rememora o sofrimento de Cristo. As pessoas que seguem o caminho buscam a cruz para ter um alento, uma esperança. “Há sempre pessoas que procuram a cruz por três ou quatro vezes, pois o problema, muitas vezes, é maior do que a pessoa pensa suportar, mas ela sabe que Deus é muito maior e que pode confiar na cruz”, lembra o coordenador.
A caminhada de cerca de dez quilômetros começa às 6h desta sexta-feira (30), com a participação de mais de 800 pessoas. A Via Sacra acontece há quase 50 anos. A Via Sacra começa na igreja de Nossa Senhora de Lourdes e segue para a Nossa Senhora das Mercês, perto da Lagoa do Parque Sólon de Lucena. De lá, segue para o Centro e visita as igrejas de Nossa Senhora do Carmo, Mosteiro de São Bento, Catedral Basílica Nossa Senhora das Neves e Largo de São Francisco. Depois disso, vai para o Róger, onde visita a igreja de Santa Terezinha e, em seguida, para a capela do Colégio João XXIII. Dali a Via Sacra continua rumo à Avenida Monsenhor Walfredo Leal, para a igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens e a capela do Colégio Pio X.
Depois segue para a Praça da Independência e visita a capela do Hospital Santa Izabel. Vai, então, para a capela do Colégio das Lourdinas, vai para a capela do Bom Pastor, atrás do Hospital São Vicente de Paula, passa para a Maternidade Cândida Vargas e, por fim, retorna para a Igreja de Nossa Senhora de Lourdes.
Em cada parada é lido um trecho das Estações. Leituras que refletem o significado atual da vivência da Igreja.
“Temos uma leitura bem universal e atual. O texto reflete bem os problemas que vivenciamos nos dias de hoje e oferece conforto, esperança e fé para quem está buscando a Deus”, explica Antônio Fernandes.