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Padre Fabio de Melo defende união civil de casais gays

O sacerdote brasileiro lembrou que em 2013 foi execrado por ala mais conservadora da Igreja Católica por ter se posicionado de forma semelhante ao papa.

Padre Fabio de Melo defende união civil de casais gays

Fabio de Melo disse que sempre considerou uma injustiça os casais gays não terem direito a uma união civil. — Foto:Reprodução

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O padre Fabio de Melo, 49, defendeu nesta quinta-feira (29) o direito à união civil entre pessoas do mesmo sexo. Em live com o empresário Marcus Montenegro, ele comentou a declaração do papa Francisco de que pessoas homossexuais “são filhas de Deus e têm direito a uma família”.

O sacerdote brasileiro lembrou que em 2013 foi execrado por ala mais conservadora da Igreja Católica por ter se posicionado de forma semelhante ao papa. 

“Nós precisamos saber distinguir o que é uma regra religiosa de uma regra civil. Porque somos religiosos nós não temos que impor às pessoas que não são as nossas regras ou impedi-las de terem os seus direitos civis garantidos”, afirmou ele.

Fabio de Melo disse que sempre considerou uma injustiça os casais gays não terem direito a uma união civil. “Não cabe a mim como padre ficar impondo ao outro uma regra que não me diz respeito. É uma questão de justiça.”

Segundo ele, o que o papa Francisco disse não quer dizer que os sacerdotes terão que celebrar agora os casamentos gays agora dentro da igreja. “O contexto que ele fala é uma instância jurídica civil. A gente sabe do grande desastre que é quando misturamos a religião e o Estado, do quanto pode ser prejudicial”, acrescentou.

A declaração do papa em defesa dos direitos LGBT está presente no documentário “Francesco”, dirigido pelo americano Evgeny Afineevsky, e lançado em Roma, no último dia 21. “Pessoas homossexuais têm o direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deveria ser descartado [dela] ou ser transformado em miserável por conta disso”, diz o pontífice no filme.

“O que temos de criar é uma lei de união civil. Assim, ficam legalmente protegidos. Posiciono-me por isso”, afirma.

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