Em mais um dia de Quaresma de São Miguel Arcanjo, o padre Sandro Santos fala sobre o combate à ira. Em série especial para o ClickPB, o padre Sandro Santos leva para os fieis a mensagem religiosa e se une em oração.
O padre Sandro Santos analisa que a ira “começa com uma faísca e se não for contida, consome tudo ao redor. Ela é um dos empurrões mais violentos que o inimigo da misericórdia utiliza, pois nos leva a agir sem pensar. E a responder sem caridade e a ferir com palavras ou gestos que muitas e muitas vezes não podem ser desfeitos”.
Ainda de acordo com o religioso, “quando a ira tenta nos derrubar, e o amparo da misericórdia divina que nos sustenta para não reagirmos como o mundo reage. São Miguel Arcanjo, que combate o dragão e suas legiões, conhece muito bem o poder destrutivo da ira desordenada. Ele nos ensina que a verdadeira força está no autocontrole, não na explosão. Que a verdadeira vitória não é destruir o adversário, mas é não permitir que o mal ente no nosso coração. São Miguel não é um guerreiro movido por ódio, mas por justiça, é assim que ele sempre vence”.
Como lição espiritual para o dia de hoje, o padre Sandro Santos considera que “aprendemos, que a ira quando não controlada ela abre portas para outros pecados. São Francisco de Assis aconselhava seus irmãos a não permitirem que o sol se pusesse sobre o seu coração, o ressentimento se transformando em ira”. Além disso, o religioso diz também que como “ato prático de hoje, se você sentir a ira se acendendo, pare imediatamente, respire fundo, faça uma breve oração. Só depois responda se for necessário e sempre com calma e se possível, afaste-se do ambiente de tensão”.
O Terço de São Miguel Arcanjo é uma prática católica inspirada na busca por proteção pessoal e da família. A poderosa oração se concentra na veneração e invocação de São Miguel, protetor contra as ciladas do inimigo. O arcanjo Miguel é o líder das hostes celestiais.
Como surgiu
O Terço de São Miguel tem origem após a aparição do próprio Arcanjo a uma serva de Deus chamada Antônia d’Astonoac, em Portugal. Logo a devoção se espalhou entre o povo e chegou a outros países. Por causa de sua profundidade e coerência com a fé católica, foi aprovada por vários bispos. Depois, pelo Santo Papa Pio IX. Este Papa, inclusive, concedeu várias indulgências aos que rezassem o Terço com devoção, no dia 08 de agosto de 1851.
Ao aparecer à serva de Deus Antônia d’Astonoac, São Miguel explicou que seria importante rezar esse Terço fazendo nove saudações aos nove coros dos anjos. Essas saudações consistem no seguinte: recitar um Pai-nosso e três Ave-Marias em honra de cada um desses coros angelicais.
Em retribuição a todo aquele que prestasse este culto, São Miguel Arcanjo prometeu que haveria um cortejo de nove anjos durante toda a vida e toda vez que o devoto se aproximasse da Santa Eucaristia. Além disso, após a morte, o devoto alcançaria a libertação do purgatório para si e seus familiares.
Uma das palavras de São Miguel sobre o Terço é esta:
“Este terço será para vós uma arma poderosa, porque desde o momento em que o pronunciais, vós podereis estar certos da presença celeste ao vosso lado e para quem vós rezais.”
O ideal é utilizar o Terço de São Miguel, que é diferente do terço tradicional. O Terço de São Miguel tem nove mistérios e, entre cada conta grande, três contas pequenas, como se fossem as Ave Marias do terço comum.
